iFood: IA generativa impressiona e muda a forma de fazer negócio
"IA generativa impressiona muito.Tem muita aplicação fácil de usar", disse o VP de ML/AI do iFood, Thiago Cardoso.
A inteligência artificial generativa pode resolver desafios de negócios de formas até então não exploradas. O iFood, por exemplo, mira o desenvolvimento de solução que pode chegar a um ponto de o usuário dizer à plataforma o que quer fazer — como um churrasco para cinco pessoas — e obter uma resposta tão detalhada quanto a lista de ingredientes, onde comprá-los e quais estabelecimentos têm os melhores preços. O caso futurístico foi compartilhado por Thiago Cardoso, vice-presidente de ML/AI do iFood, em painel durante o AWS Summit São Paulo, nessa quinta-feira (03/08).
“É fácil se impressionar [com inteligência artificial generativa]; tem muita aplicação e modelos que diminuíram a barreira de entrada; ficou muito mais fácil para usar nem que seja para treinar modelo”, apontou Cardoso. Além disso, com a proliferação de mais soluções de inteligência artificial generativa, o custo tende a cair — pelo menos é esta a aposta de Cardoso.
O iFood, assim como outras organizações, está descobrindo como pode adotar inteligência artificial generativa. “No nosso caso, aproveitamos a oportunidade que teve buy-in da liderança da empresa para saber o que é a tecnologia. Tivemos hackathon com adesão de mil pessoas, de onde saíram cem projetos. Teve mudança de mentalidade da empresa e tirou o misticismo que tinha em volta de IA”, destacou o VP.
Em inteligência artificial generativa, o iFood tem um time que está desenvolvendo projetos para aprender sobre esta tecnologia. “É algo novo e todos estão aprendendo. O conhecimento começa localizado e depois levamos para times de fora”, disse.
Também participando do painel “O modelo de IA Generativa para Líderes de Tecnologia”, Moisés Nascimento, CTO do Itaú Unibanco, compartilhou que o banco está trabalhando tanto na infraestrutura de dados, como nas questões de IA e também de inteligência artificial generativa.
“Organizamos o banco para olhar descobertas. Temos grupo trabalhando na descobertas dos cases e também no entendimento de que dados são necessários para os cases serem colocados em produção, em como vamos escalar e criar uma plataforma que seja agnóstica, segura e que garanta a privacidade”, pontuou.
Sem dar detalhes, Nascimento afirmou que o Itaú tem pilotos em andamento e levou a cabo um grande programa de letramento em dados e analytics até com objetivo de que áreas de negócio puxem o desenvolvimento de soluções. “O processo de experimentação é chave para a nossa cultura”, disse. “Além do hype, a minha crença é que inteligência artificial generativa significa uma grande revolução, que vai afetar a maioria das profissões, indústrias e a forma que trabalhamos para os clientes”, destacou o executivo do Itaú Unibanco.