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Mercado de dados na nuvem vai superar R$ 7,5 bilhões no Brasil

O avanço dos dados na nuvem fará com que as empresas repensem a estratégia de dados e busquem novas soluções, advertiu a IDC, na sua apresentação sobre as tendências e previsões para TI e telecomunicações no Brasil. Com a ampliação da computação em nuvem e de ambientes híbridos, as companhias precisam estabelecer estratégias para que os dados estejam acionáveis e possam ser aplicados para a geração de inteligência e valor para os negócios.

A IDC aponta que, em 2024, o universo de dados no mundo ultrapassará 157 ZB, um montante que pode dobrar até 2027. E ainda: quase 25% deste volume já está na nuvem, que cresce, segundo a consultoria, com o dobro da velocidade em relação ao que não está na nuvem.

Ao explicar esta tendência, Luciano Ramos, gerente-geral da IDC para o Brasil, destacou que para 55% das empresas, criar produtos e serviços, aumentar a personalização e gerar novas fontes de receitas são temas estratégicos dependentes fortemente do uso efetivo dos dados. Outra evidência é que 41% das companhias entrevistadas pela IDC disseram que tecnologias como inteligência artificial, inteligência artificial generativa e analytics são essenciais para atingir os objetivos do negócio.   

A previsão da IDC é que as soluções de dados na nuvem — parte do chamado PaaS (ou plataforma como serviço) — somarão US$ 1,5 bilhão no Brasil em 2024 e seguirão uma trajetória acelerada. “Temos visto crescimento robusto de dois dígitos e este crescimento permanece. A movimentação em direção à nuvem faz os provedores de serviços terem opção interessante em projetos relacionados à estruturação e estratégia de dados”, destacou Ramos. A expectativa é que esse avanço movimente o mercado de serviços de TI que consumirá cerca de US$ 1,4 bilhão neste ano com consultoria, integração e suporte de projetos relacionados a dados.

Orquestração e automação dos dados


Outra previsão da IDC é a necessidade de soluções de gestão capazes de orquestrar automação e dados. “Para garantir a competitividade, empresas seguem olhando para soluções de gestão,  mas estão olhando para aquelas que são capazes de automatizar dados do dia a dia da operação. O ERP tem papel central para tomada de decisões mais rápidas e IA tem papel consolidado dentro deste contexto — as soluções top de linha já têm IA embarcada e terão de ser cada vez mais capazes de integrar dados vindo de diversas fontes”, apontou Ramos. 

De acordo com a IDC, globalmente as empresas serão responsáveis por dois terços do universo de dados em 2024 e as soluções de produtividade — incluindo os ERPs — correspondem a uma fatia de 21% desse total. As companhias buscam ferramentas que as suportem em tomadas de decisão mais rápidas e, até mesmo, automatizadas. Nesse sentido, a inteligência artificial ganha ainda mais relevância. 

Traduzindo em números, a IDC prevê que o mercado de soluções de gestão — ERP, CRM, planejamento etc. — vai alcançar US$ 5,6 bilhões em 2024 no Brasil, o que representa crescimento de 11,6% em relação a 2023. Desse total, a IDC estima que US$ 588 milhões estarão associados a capacidades de inteligência embebida nessas soluções. E mais: as plataformas analísticas e de IA somarão cerca de US% 1,6 bilhão neste ano, segundo a IDC. 

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