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Nuvem comunitária da RNP troca capacidade de rede por espaço em datacenter

A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa está fechando acordos de troca de capacidade excedente em seu backbone nacional por espaço em datacenters localizados em três pontos estratégicos: Brasília, Fortaleza e São Paulo. 

A ideia, como explica o diretor de Serviços e Soluções da RNP, Antônio Carlos Fernandes Nunes, é fazer parcerias no que está chamando de centros nacionais de dados. O desenho, que começa com oferta básica de colocation, busca economicidade e custo recorrente decrescente no tempo. 

“É uma visão de parcerias com datacenters comerciais, tier 3 e 4, que possam disponibilizar espaço. Em troca, a RNP vai colocar capacidade excedente para uso dessas empresas, capacidade ótica de longa distância, podendo também ter capacidade em infraestruturas metropolitanas”, disse.

O processo de negociação está avançado. De uma primeira conversa foram indicadas 13 empresas, em seguida reduzidas para 7. “Neste momento começamos as visitas a esses parceiros para entender a infraestrutura, capacidade, visão de escala no tempo”, explicou o diretor da RNP.  

Serão inicialmente acordos de cinco anos, podendo ser renovados duas vezes em períodos iguais. “Estamos em fase de negociação e pretendemos iniciar um centro nacional de dados em uma dessas cidades até o fim do ano”, disse Nunes. 


A RNP, vale lembrar, atende um sistema de 800 instituições, entre universidades, institutos federais, unidades de pesquisa, museus, hospitais universitários, e um público de 4 milhões de alunos e professores e 180 mil pesquisadores. 

“Estamos buscando em São Paulo, em função dos principais entroncamentos nacionais; Brasília, por ser a capital e abrigar vários órgãos; e Fortaleza, em função da saída internacional acadêmica, com o cabo Bella inaugurado recentemente”, explicou Nunes. 

Os centros nacionais de dados começam na oferta de colocation para o sistema RNP, mas a ideia é que isso evolua para diferentes serviços e novos tipos de ofertas comerciais. 

“É um vetor de futuro, com novos recursos investidos e novos serviços vão sendo agregados, podendo ter modelos de negócios diferentes. Nesse primeiro momento, a ideia é ter espaço em datacenter comercial para colocacion e, além disso, fomentar novos serviços para essas instituições, como armazenamento seguro.”

É, ainda, uma espécie de nuvem comunitária, como disse o diretor de soluções da RNP. “Uma nuvem comunitária, restrita às instituições pertencentes ao sistema RNP. Vamos ter o espaço, mas todo o serviço gerido é operado pela RNP em conjunto com comunidade.”

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