Cloud

Nuvem do governo tem 225% de adesão e vai a 78 órgãos

Ministério da Gestão calcula que o preço do serviço na licitação centralizada é um terço do Serpro, principal concorrente para atendimento dos órgãos federais. Nova licitação promete mais flexibilidade no catálogo de serviços. “Meio termo entre o rígido e o aberto”, diz a diretora da Central de Compras, Lara Brainer.

O Ministério da Gestão já começou a planejar a terceira encarnação da nuvem pública do governo federal, em licitação a ser realizada neste segundo semestre. E pelas contas até aqui, a experiência da segunda nuvem, na qual o governo partiu para o modelo de multicloud e orquestrador, será mantida. 

Na avaliação da pasta, o modelo foi especialmente bem sucedido ao garantir preços abaixo dos principais concorrentes – e o maior concorrente no caso de atender os órgãos federais é o Serpro. Segundo o Ministério, o valor do serviço por meio da ata de registro de preços em vigor é um terço do cobrado pela estatal de TI. 

“Vamos para a nuvem 3.0 embalados em grande sucesso da nuvem 2. Tivemos uma execução que superou 225% de efetivação de contratos. Foram 78 contratos gerados e um dos fatores muito importantes é o valor. Foi feito um estudo sobre o custo da implantação desse contrato e é um terço dos preços praticados com outras nuvens ou em contratações isoladas”, afirma a diretora da Central de Compras do Ministério da Gestão, Lara Brainer. 

A diretora da Central de Compras abriu nesta quinta, 20/7, o IV Workshop Abep TIC, realizado pela Network Eventos. Ela sinalizou que a multinuvem com orquestrador continua, mas haverá ajustes no catálogo de serviços previsto na licitação. 

“Estamos revisitando o processo para ver o que deu certo. E uma coisa óbvia que deu certo foi a multinuvem, abarcar serviços e colocar um integrador. Deu certo a junção de demanda, porque isso traz economicidade. E o que vimos que precisa aprimorar é o catálogo abarcado, que catálogo vamos colocar”, explicou. 


Ela adianta, no entanto, que o maior desejo dos fornecedores de nuvem, que seria deixar o catálogo em aberto para ir incorporando novidades, não cabe no modelo de compras públicas. 

“A gente não consegue fazer catálogo aberto, porque na hora de licitar preciso precificar. E não consigo precificar se não consigo prever o que é. Portanto preciso conhecer o objeto para traçar a volumetria e em cima disso traçar a precificação. Se não consigo saber o que é, não consigo trazer demanda nem consigo fazer definição de preço. Por isso não dá para termos um catálogo 100% aberto. Mas estamos trabalhando na modelagem para ampliação do catálogo de serviços e encontrar um meio termo, nem tão rígido, nem tão aberto”, completou Lara Brainer.

Botão Voltar ao topo