Nuvem faz 42% do processamento de dados no Brasil
Pela primeira vez em 34 anos de pesquisa sobre o Uso de TI nas Empresas, o estudo projeta que a computação em nuvem responde, em média, por 42% do processamento das organizações. “Essa é a primeira vez que divulgamos esse dado, porque é algo difícil de medir, pois muitas vezes as respostas não são confiáveis. Empresas que indicam ter 100% de processamento em nuvem, quando vamos verificar, está mais perto de 60%. Tanto é que os índices em geral medem somente volume de investimentos. Este ano pegamos uma amostra melhor e chegamos ao índice de 42%”, destacou o professor Fernando Meirelles, responsável pelo estudo, que chega a 34ª edição.
A pesquisa aponta que a adoção da nuvem tem aumentado constantemente nos últimos anos, é reforça ser “difícil estimar com precisão a porcentagem de empresas ou dados que estão atualmente armazenados na nuvem, eles variam muito entre porte, ramo e estratégia da TI”.
As respostas sobre o uso de nuvem na pesquisa ainda são difíceis de serem validadas, a interpretação de quanto “% do processamento está na nuvem” permite várias interpretações, que pode ou não incluir dados na nuvem. Uma estimativa em empresas maiores selecionadas nas quais verificamos as respostas indica que a média para elas em torno de 40% na nuvem, valor médio da Pesquisa.
A conclusão, ainda assim, é de que “mais de 90% das grandes organizações pesquisadas afirmaram ter pelo menos uma carga de trabalho na nuvem, com 42% do processamento ou dos dados corporativos sendo armazenados em nuvem pública e que continuarão a crescer, a média americana está em 52%”.
Como reforçado pelo professor Fernando Meirelles, essa participação “vai continuar crescendo a taxas próximas de 10%. Em dois anos, metade do processamento estará na nuvem”, disse.
O estudo lembra, ainda, que “em 2020, pela primeira vez o mercado de software de aplicações corporativas em Nuvem foi maior do que o mercado sem Nuvem, devido em parte à aceleração provocada pela Pandemia. Espera-se que em 23 anos ele seja o dobro do tamanho do mercado fora do universo de Nuvem”.