Onebeat combina IA e big data para conquistar o varejo nacional
Redução expressiva dos itens em estoque, disponibilidade praticamente total de produtos nas lojas, redução de custos da operação e otimização das vendas. Esses são os resultados prometidos pela Onebeat, empresa israelense de tecnologia, voltada para o mercado varejista de médio e grande portes. A empresa disponibiliza ao varejo uma tecnologia baseada em algoritmos de aprendizagem em tempo real (inteligência artificial), que faz a utilização massiva de dados (big data), a partir do comportamento do consumidor, para orientar e otimizar o fluxo de produtos nas lojas e nos centros de distribuição.
A tecnologia se integra aos sistemas estruturantes do cliente (como um ERP, por exemplo) e utiliza dados dos pontos e vendas (PDVs). Ela é capaz de captar, em tempo real, mudanças no comportamento do consumidor e as tendências nas vendas. A inteligência artificial possibilita que os itens que estejam despertando maior interesse fiquem disponíveis na quantidade e nos locais adequados para atender à demanda.
Em entrevista ao portal Convergência Digital, o Head da Onebeat no Brasil, Igor Melo, contou que em agosto/setembro, a empresa vai lançar uma nova versão da sua tecnologia onde qualquer varejista vai entrar no site da Onebeat para simular um teste a partir de dados ainda guardados em Excell. “Queremos provar que a inteligência de dados é possível de sair do excell também, o que nos levará para o varejo de menor porte”, reforça. Ele explica que, na prática, o produto da Onebeat é um plugin do ERP. “Nós consumimos informações do ERP para aprender e devolver em dados para o negócio do cliente”, atesta.
Entre os clientes brasileiros da Onebeat está a Aramis, empresa de vestuário masculino, que utiliza a tecnologia desde abril do ano passado, além de companhias nos segmentos farmacêutico, moda (roupa e calçados), joias, eletroeletrônicos, bebidas, tintas, laticínios e home centers. Igor Melo reforça que a Onebeat trabalha com gestão de estoques em tempo real, de fluxos e sortimento.
“A atratividade da loja é muito importante no varejo físico. Temos que atrair através da melhor apresentação, do melhor mix de produtos, mas também tem que garantir que na hora que o consumidor fizer a sua escolha, a loja terá o produto em estoque e isso em tempo real”, diz. Entre os últimos investimentos feitos pela retail tech no Brasil, destacam-se os recursos direcionados ao marketing, mídia e pessoas. O objetivo para este ano é dobrar o número de clientes brasileiros e crescer em três vezes o time atual. A empresa cresce, em média, 50% ao ano, então em 2020 e 2021, praticamente dobrou de tamanho. “Considerando em anos separados, foram os melhores anos”, conta Igor.
Prova de conceito
A empresa oferece gratuitamente aos clientes a realização de uma POC (Proof of Concept/Prova de conceito). Nesse caso, o cliente pode fazer uma simulação com os seus dados reais para checar os resultados efetivos. “Assim é possível conferir, com muita precisão, quais são os ganhos potenciais com o uso da tecnologia”, pontua o Head Brasil da Onebeat.
O modelo comercial mais aplicado é o de SAAS, (software as a service), ou seja, por assinatura. O sistema também é modular, expansível e pode ser implantado em um número reduzido de lojas. “Esse formato facilita o controle e os ajustes para a adequação da tecnologia aos desafios do projeto. Permite, ainda, que o cliente ganhe confiança antes de um roll-out pleno”, explica Melo.
O Brasil é o país que mais cresce na Onebeat em termos de clientes e faturamento, representando e de 25% a 30% do crescimento mundial e está no centro das atenções de Israel. Um dos pontos de atenção é a competitividade nacional. “Temos startups brasileiras competindo conosco, temos empresas de fora. O mercado é bastante competitivo e sabemos do potencial da nossa tecnologia”, completa.
