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Para OCDE, a transformação digital está no topo da agenda global

“A digitalização não é algo novo, mas o poder de supercomputador que temos na mão é ubíquo e onipresente”, assim, Roberto Martínez Yllescas, diretor para América Latina da OCDE – México, começou a sua apresentação na ABES Software Conference. Yllescas lembrou que a inteligência artificial (IA) abre novas oportunidades radicais, mas traz novos riscos. A ciência da IA continua avançando e, no cenário mundial, os Estados Unidos são os que mais registram patentes, com a China tendo um número muito substantivo.

Transformação digital está no topo da agenda global e é um marco de política pública. As principais questões envolvem acesso, uso, inovação, emprego, sociedade, confiança e abertura de mercado. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico fez o trabalho de mapear as estratégias dos países-chaves no fortalecimento do marco de políticas públicas para a ampliação do digital.

Com relação ao Brasil — que é membro, mas, segundo Yllescas, é um parceiro-chave e participa dos comitês de trabalho — o acesso à banda larga precisa melhorar, ainda que a penetração da banda larga móvel não está tão afastada da média da OCDE, assim como a utilização de tecnologias governamentais e serviços online. “O Brasil precisa melhorar a educação básica e fazer um maior esforço nas matérias de matemática, compreensão de leitura e raciocínio científico”, disse. 

Após a palestra, em entrevista à CDTV, Yllescas ressaltou que o Brasil é um país muito grande e que enfrenta o desafio de não ficar para trás no trabalho de ter acesso competitivo na economia digital global. Para tanto, precisa seguir investindo em pesquisa e desenvolvimento. “O esforço brasileiro nesta área não tem a ver com o ciclo econômico; tem sido um ciclo consistente no tempo”, afirmou, lembrando que o Brasil investe 1,1% do PIB em P&D, o que é praticamente o dobro do porcentual investido pelo México.  


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