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PIX do Itaú Unibanco está 100% na nuvem da AWS

Quando o PIX, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (Bacen), entrou em operação, em novembro de 2020, as instituições financeiras tinham 10 meses para o desenvolvimento do serviço, da infraestrutura à interface com o cliente. Na época, todo o core bancário do Itaú Unibanco estava baseado na plataforma mainframe.

O banco já vinha em um processo de transformação digital, modernizando sua plataforma e impulsionando a experimentação de novos modelos. Por isso, naquele momento, o PIX foi encarado como uma oportunidade de desenvolver algo com resiliência, segurança, desempenho e baixa latência em uma arquitetura moderna. Daí a decisão de desenvolvê-lo na nuvem AWS.

Com isso, o time responsável pelo projeto passou a contar com o arsenal de mais de 200 produtos da AWS, além de uma troca constante de experiências e conhecimentos. Foi deste processo que surgiu a versão da arquitetura utilizada, com os principais serviços que suportariam tudo o que seria implementado.

A elasticidade da nuvem permitiu que o Itaú construísse a arquitetura combinando serviços serverless como AWS Fargate, AWS Lambda e Amazon Simple Notification Service (Amazon SNS) com serviços gerenciados como o Amazon Kinesis. Esta arquitetura baseada em eventos é hoje responsável por 20% do volume financeiro transferido via PIX.


Com cerca de 15 milhões de transações diárias, o PIX é hoje o meio de pagamento mais utilizado pelos clientes pessoa física do Itaú Unibanco, representando 97% das transações efetuadas e mais de 70% dos valores transferidos. Existem ainda os volumes indiretos, já que passam pelos sistemas do banco também as transações PIX realizadas por terceiros, como o cartão iti, o Magalu e o iFood, entre outros.

“Em termos de mercado, somos o único banco tradicional com a solução 100% em nuvem. Todos os outros têm pedaços que se relacionam com mainframe ou são totalmente mainframe”, ressalta Rodrigo Pedroso dos Santos, gerente da Comunidade de Pagamentos do Itaú Unibanco, lembrando que os novos bancos digitais rodam em nuvem, mas não com a mesma cesta de variações do Pix do Itaú. “Corremos com o nosso PIX e o de terceiros, implantados simultaneamente em todos os canais”, explica.

Além disso, o Bacen definiu níveis de serviço que as instituições devem atingir ao oferecer o serviço aos seus clientes, todas eles cumpridos com folga pelo banco, tais como a disponibilidade de 99,97% alcançada em função da disponibilidade dos serviços da AWS. Com esses percentuais, o PIX do Itaú vem recebendo a avaliação máxima – nota A – em rating pelo Banco Central desde o seu lançamento.

A redução de custos de 75% também foi alcançada pelo uso do AWS CloudHSM em vez de um terceiro inicialmente considerado. “Aproveitando as instâncias sob demanda e a elasticidade da AWS, atingimos 80% de redução de custos no processamento da transação de pagamento via PIX quando comparado com outras formas de pagamento”, comemora Santos, lembrando que menos de um ano após o go-live, o Amazon DynamoDB alcançou bilhões de itens sem afetar a latência, que permanece abaixo de 6 ms tanto para GET quanto para PUT.

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