Por que se tornar uma empresa data-driven?
Data-driven ou orientada a dados. É esse o novo lema das companhias que, cada vez mais, estão armazenando e analisando dados em busca de insights de negócios. Mas o que as empresas devem fazer para abraçarem os dados de forma a promover benefícios estruturais e longevos? A resposta não é simples.
Data-driven ou orientada a dados. É esse o novo lema das companhias que, cada vez mais, estão armazenando e analisando dados em busca de insights de negócios. Mas o que as empresas devem fazer para abraçarem os dados de forma a promover benefícios estruturais e longevos? A resposta não é simples e envolve transformações internas, alinhamento estratégico, mudanças em processos e, mais que tudo, definição de objetivos.
A cultura data-driven, segundo explicou Ricardo Santana, sócio-líder do centro de excelência para dados, inteligência artificial e automação da KPMG, consiste em tomar decisões embasadas em dados e ela existe quando uma empresa organiza seus processos e métricas com base nos dados reais, fugindo de decisões embasadas em intuição.
Trata-se, segundo Jefferson Denti, líder da prática digital da área de consultoria da Deloitte, de uma jornada de transformação cultural acima de tudo e para passar por ela as empresas precisam se questionar como operam hoje; como se engajam com os clientes e como transformam o seu negócio. “Se pegar os setores, o bancário, com as fintechs e bancos digitais dominando, porque têm conhecimento digital mais forte e sabem entregar algo mais individualizado”, exemplificou Denti.
Na definição do líder de digital da Deloitte, uma empresa data-driven consegue traduzir a necessidade dela de negócio em perguntas claras, usando técnicas quantitativas para achar insights e contando com talentos que sejam “purple people”, quando junta a lógica de negócio com a lógica de tecnologia.
Isso, completou, se traduz em uma cultura voltada a dados, com boa definição de negócio, pessoas qualificadas e preparadas e contando realmente com as ferramentas e os dados necessários. Quando tudo isso está bem orquestrado os resultados aparecem.
É fundamental, portanto, ter a consciência de que a orientação a dados é um fator crítico para a competitividade das empresas, conforme assinalou Luiz Riscado, diretor de negócios do SAS. “Quando estamos falando de data-driven estamos falando de ser data-driven para quê? Ser data-driven por si não se justifica; tem de ter finalidade, que é a tomada de decisão o mais real time possível, com o uso da melhor e mais avançada estatística possível e com a maior amplitude de dados possível. Ou seja, inteligência em tempo real, compartilhada, sistêmica e corporativa é o fim; data-driven é meio”, explicou Riscado.