Redes óticas de 400 Gb/s são o próximo patamar dos data centers
O data center é uma peça fundamental na complexa e gigantesca infraestrutura de pesquisa que está sendo construída no país para abrigar o Sirius, a nova fonte de luz síncrotron brasileira – e uma das mais avançadas do mundo. O volume de dados a ser processado será enorme, com tendência a aumentar cada vez mais, na medida em que mais empresas e instituições de pesquisa buscarem essa infraestrutura para a realização de estudos dos mais diversos materiais. Por isso, o data center do Sirius foi idealizado com o conceito de escalabilidade, que é a base do programa 400G-Ready Data Center da Furukawa – fornecedora da solução de cabeamento óptico para a nova instalação.
Fontes de luz síncrotron funcionam como um grande microscópio que revela a estrutura molecular, atômica e eletrônica de diversos materiais, permitindo o desenvolvimento de pesquisas em praticamente qualquer área de conhecimento. Os materiais são analisados em estações experimentais chamadas de linhas de luz. “As linhas de luz são responsáveis pela geração de uma quantidade enorme de informação: em média, são tiradas mil fotos por segundo, que representam 80 Gb de informações por segundo”, afirma Eduardo Miqueles, líder do Grupo de Computação Científica do Sirius, que faz parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). “O data center foi projetado para suportar a vazão e o processamento dessa imensa quantidade de dados gerada pelas linhas de luz”, explica.
Para atender às altas taxas de transmissão exigidas pela aplicação, as conexões entre as linhas de luz e o data center, bem como entre os meios de armazenamento (storage) e os switches, utilizam cabeamento óptico Furukawa e canais de 100 Gb/s. “No momento, as conexões são de 100 Gb/s, mas o data center já está preparado para o salto para 400 Gb/s”, destaca Felipe Campos de Oliveira, especialista em redes no Grupo de Tecnologia da Informação do CNPEM.
As redes óticas de 400 Gb/s (conhecidas como 400G) são o próximo patamar de evolução tecnológica dos data centers. Atenta a essa tendência, a Furukawa vem investindo em soluções voltadas ao conceito 400G-Ready, que traz flexibilidade e permite a preparação do data center para esse salto tecnológico. O conceito envolve a oferta de um conjunto de produtos, soluções e serviços concebidos para suportar as aplicações 400G, atuais e futuras.
No caso do projeto do Sirius, implantado em parceria com o integrador Ideal Network, a Furukawa forneceu produtos e, também, suporte durante o processo de definição e instalação dessa rede óptica. “A solução HDX Furukawa, por exemplo, mostrou-se ideal para nosso data center, porque permitiu concentrar grande quantidade de fibras ópticas em um rack 1U”, afirma Felipe Oliveira. Ele destaca também o cuidado especial dedicado pela empresa à fase de certificação das fibras utilizadas no projeto. “Foi um cuidado muito grande para garantir que todas as fibras atendem aos padrões e requisitos necessários para chegar a 400G-Ready”, acrescenta.
A oferta da Furukawa para o programa 400G-Ready Data Center envolve desde consultoria e projeto básico, com a definição da topologia e arquitetura de rede mais adequadas para tirar o melhor proveito da infraestrutura de 400G, até o suporte à instalação e à operação, com acompanhamento de inspeções, treinamento, logística otimizada e garantia estendida de 25 anos (dependendo do programa). Na visão da Furukawa, é a combinação desses fatores que vai garantir o sucesso do projeto e tornar o data center 400G-Ready.