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TCU: Nuvem compensa falta de pessoal de TI nos órgãos públicos

A computação em nuvem veio se somar à miríade de alternativas tecnológicas à disposição dos órgãos públicos, e certamente vai conviver ainda por algum tempo com diferentes sistemas legados. Mas como destaca o diretor de relacionamento com clientes do Tribunal de Contas da União, Breno Costa, é uma alternativa que deve ser olhada “com carinho” pelos gestores, pois tem qualidades chave para o setor governamental. 

“No contexto de prover serviços perenes à sociedade, a gente vê que a nuvem já foi criada, com virtualização, com a capacidade de registrar um segundo de processamento, uma facilidade muito maior de rastreabilidade, de saber cada ação que cada pessoa fez, ou atribuir capacidades específicas a diferentes usuários, com melhor gestão da infraestrutura do que em um datacenter. A nuvem traz um benefício de rastreabilidade, algo que a gente luta para oferecer internamente, o que também precisa ser considerado”, destaca. 

Costa, ao participar do AWS Transformation Day, realizado nesta quinta-feira, 02/06,  frisou a importância de os órgãos irem à nuvem como aprendizado. “Organizações de governo devem olhar para a nuvem com carinho, porque podem se beneficiar bastante. Temos dificuldade de pessoal de forma geral nos governos. E a nuvem traz um apoio grande pela automatização, pela agilidade, sem deixar de trazer inovação, benefícios de custo, de controle. Há dezenas de contratações de governo. Depois que você entra é que vai entender melhor como a nuvem pode beneficiar ainda mais. É uma plataforma adicional, que vai conviver com outras, mas que traz benefícios específicos que podemos trazer para dentro do governo.”

O próprio TCU, afinal, acabou por se tornar um indutor do uso da nuvem na administração pública quando, ainda em 2015, avaliou o que então era uma novidade no poder público. “Quando fomos demandados para aderir a nuvem, fomos entender o que acontece no mundo e quais os novos requisitos deveríamos atender. O Acórdão de 2015 faz uma análise do mercado de nuvem e busca se antecipar a futuras demandas. Já que o TCU vai ser acionado sobre o tema, quis entender o que era isso e oferecer direcionamento.”


“Aquele Acórdão, quando ainda não havia nenhuma contratação na administração publica brasileira na época, ele fomentou o uso da nuvem. O entendimento é de que a gente deveria usar nuvem, que pode ser mais segura que o datacenter interno, com custo que se dilui em uma infraestrutura compartilhada. Mais seguro, com boa relação de custo-benefício. Essa análise de que a nuvem é uma plataforma já disponível e com aplicações interessantes para governo, aponta que o governo deveria no mínimo olhar para a nuvem e avaliar.”

Para o líder de segurança da informação da AWS, Cláudio Neiva, os agora vários exemplos de contratações bem sucedidas de nuvem em órgãos públicos ajudam, mas é fundamental a experiência própria. “A estratégia de cloud se torna um paradigma, mas tratar como o modelo tradicional é um erro, porque o raciocínio é diferente, apesar de ser tudo tecnologia. A definição de uma equipe que vai apontar o que se espera da nuvem ajuda, naturalmente, a definir os benefícios adquiridos pela administração publica. E é importante estabelecer os papeis, na contratação e pós contratação, quem é responsável pelo controle de custos, pelas arquiteturas, segurança, automação. Ver exemplos que possam iluminar um caminho a ser trilhado é interessante, mas é importante olhar como o beneficio fica dentro de casa.”

Acesse o conteúdo do AWS Transformation Day: Desmistificando o uso de nuvem pelo governo

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