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Teles partem para soluções próprias de big data

Apesar do declínio da receita dos serviços tradicionais no mercado latino-americano de telecomunicações, Big Data poderia atuar como facilitador da transformação digital, gerando novas oportunidades de crescimento em toda a região, sustenta estudo divulgado pela consultoria Frost & Sullivan.

Atualmente, reporta o levantamento, os provedores de telecomunicações estão adotando, cautelosamente, o Big Data para melhorar sua experiência e relacionamentos com seus clientes. A próxima fase será remodelar seus negócios com análise preditiva, aplicações de próxima geração e complexidade de caso de uso avançada, seguidas de estratégias de monetização, como a venda de dados para usuários finais.

“O Big Data poderia oferecer grandes oportunidades de negócios e geração de receita. Os dados dos usuários, serviços, redes, localização e fontes de gerenciamento podem ser monetizados através da promoção de produtos, propaganda direcionada, up-sales, qualidade de experiência (QoE) e otimização de rede “, disse Carina Gonçalves, Analista da Indústria de Transformação Digital da Frost & Sullivan.

O estudo Big Data Telecommunications Market Evolution in Latin America faz parte da assinatura da Frost & Sullivan “Mobile & Wireless Communications Growth Partnership”. O total de investimentos (CAPEX) do mercado de telecomunicações em Big Data no mercado latino-americano atingiu US$ 633,3 milhões em 2016. O investimento deverá atingir US$ 1.779,2 milhões em 2022, liderado pelo Brasil e México. O estudo fornece informações sobre o desenvolvimento de Big Data entre os principais provedores de telecomunicações da América Latina, identificando estrutura, uso e investimentos. A cobertura geográfica inclui Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru.

Falta mão de obra qualificada


O relatório destaca ainda que, devido à falta de conhecimento, há resistência de algumas empresas em adotar o Big Data. Definir com eficácia o valor que o Big Data extrairá e justificar o retorno do investimento com impacto incremental no lucro são ainda tarefas difíceis. Não por acaso, pondera a Frost & Sullivan, a governança e o trabalho para definir o foco das iniciativas de Big Data estão restringindo a implementação da tecnologia na região. Outras restrições que afetam o mercado incluem:

• As operadoras precisam implementar rapidamente novas aplicações para impulsionar a evolução do mercado; contudo, a falta de mão-de-obra qualificada está tornando o processo mais lento.
• Segurança e privacidade são preocupações constantes, especialmente em torno da ausência de políticas de compartilhamento de dados e promoção da utilização ética e segura dos dados.
• Lidar com grandes e complexas organizações com múltiplos sistemas de fornecedores e integrar todos os dados e fontes é demorado e desafiador.
• Fracos algoritmos foram aplicados a novos casos de uso; portanto, as empresas de telecomunicações estão desenvolvendo suas próprias soluções Big Data, usando apenas fornecedores de suporte tecnológico.

“As empresas de telecomunicações estão lutando para rentabilizar os serviços over-the-top, de valor agregado e de nuvem. Além disso, a conectividade e as capacidades tradicionais estão em declínio. O desempenho da rede alinhado com as metas comerciais da empresa de telecomunicações e a combinação de insights entre os serviços serão críticos para o sucesso “, completou a analista da Indústria de Transformação Digital da Frost & Sullivan, Carina Gonçalves.

*Com informações da Frost&Sullivan

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