Computação quântica: procuram-se profissionais no Brasil
"Ter especialista ou alguém estudando é para agora. Computação quântica não é trivial", alerta a embaixadora do Quantum na IBM Brasil, Ana Paula Appel.
A computação quântica é uma nova fronteira tecnológica ainda em desenvolvimento, mas para a qual as empresas já precisam estar atentas. Como destacou a cientista de dados e embaixadora do Quantum na IBM Brasil, Ana Paula Appel, ao tratar do tema na FEBRABAN TECH Tech 2023, é preciso desde já começar a cultivar esse novo profissional, que vai combinar computação, física e matemática.
“Estar pronto é ter uma pessoa ou um grupo de pessoas olhando para a computação quântica, começar a estudar o assunto, entender para o que serve. Porque é realmente difícil, não é trivial. Precisa entender e divulgar dentro da empresa, conectando com áreas de possível casos de uso e investir nessa formação”, afirmou em entrevista ao portal Convergência Digital.
Para ela, esse é um profissional com liderança no assunto e que vai conduzir o tema na empresa, avaliar se os dados e as áreas de negócio estão prontas, identificar casos de uso importantes, além de investir na formação. “E que vai começar a experimentar a tecnologia, por a mão na massa. Portanto, é ter alguém para olhar isso com carinho e que ajude a instituição estar pronta. Não é preciso um time grande ou um super investimento para se começar a pensar nisso.”
E como destacou a cientista de dados, além de pensar nesse profissional, a tarefa envolve o desenvolvimento de uma rede, um ecossistema dessa nova onda tecnológica. “Não é só criar o computador, mas o próprio ecossistema. Isso é muito grande para uma empresa fazer sozinho. A comunidade tem centros de inovação, empresas, startups e academia, uma plataforma com tudo em python, tudo aberto. Elas trabalham em parceria com o time de pesquisa da IBM para testar os algoritmos sendo desenvolvidos pela IBM ou pela academia em casos de uso práticos. E temos todo um trabalho para integrar esses sistemas. Uma vez que a computação quântica esteja pronta, precisa ter orquestradoras.” Assista à entrevista com a cientista de dados da IBM Brasil Ana Paula Appel.
