Febraban Tech 2023

FinOps é o meio para controlar os custos de uso da nuvem

"Não podemos pensar em usar cloud pela cloud. Tem de definir o benefício e gerar o menor custo possível. Isso exige organização", afirmou o CTO da IBM Brasil, Wagner Arnaut. Sul América, por exemplo, reduziu os chamados em 70%.

Especial Febraban Tech 2023

A necessidade de controlar os custos na nuvem está se tornando um dos maiores desafios das empresas que dela fazem uso, principalmente em função de projetos cada dia mais complexos. Em um dos painéis da FEBRABAN TECH, que acontece em São Paulo, o CTO da IBM, Wagner Arnaut, e a consultora sênior da companhia, Jenn Darkazall, falaram sobre a importância do FinOps para equilibrar as contas e otimizar o uso da nuvem.

Arnaut lembrou que, ao contrário do que muitas áreas de TI acreditam, a nuvem não é um objetivo por si só. “É preciso saber o que queremos com a adoção de cloud. Muitas empresas tiveram problemas com isso”, lembrou. O executivo explicou que a nuvem é um meio para a obtenção de benefícios de negócios.

“É importante entendermos que cloud é um modelo de trabalho em que cada uma das pessoas é responsável pelo uso, e isso é chave quando falamos de FinOps”, disse. O grande objetivo aqui é justamente equilibrar os objetivos da área de finanças com os objetivos da área de desenvolvimento: muitas vezes a segunda quer entregar algo rapidamente, enquanto a primeira só vê os custos disso.

“À medida que a adoção de nuvem aumenta, vemos muitas empresas enfrentando aumento demasiado de custos”, disse. Isso acontece pela facilidade na alocação de recursos e, também, pela chamada mentalidade on-premises, que leva a empresa a alocar recursos pelo pico de utilização, como na época em que compravam equipamentos. Na nuvem, explicou Arnaut, a situação é inversa, e as empresas precisam iniciar sua estrutura pelo mínimo necessário para fazer aquele ambiente rodar.

Os desafios não param por aí. Em uma pesquisa divulgada durante o painel, executivos de tecnologia apontaram como os principais desafios a serem enfrentados para a implementação de FinOps: fazer os engenheiros trabalharem com otimização de custos (30%); prever gastos de forma acurada (29%); e adotar automação para otimizar custos (20%).


Para ajudar as empresas a construir essa jornada, a IBM vem adotando um modelo desenvolvido em parceria com a FinOps Foundation, que define FinOps como um modelo operacional para uso eficiente da nuvem – uma combinação de ferramentas, melhores práticas e cultura para aumentar a capacidade de uma organização de entender os custos da nuvem e tomar decisões inteligentes e informadas.

“A FinOps Foundation também definiu princípios básicos, capacidades e os stakeholders do modelo, mostrando que não se trata apenas de custo, mas de um olhar sobre toda a arquitetura”, acrescentou Jenn, lembrando que o FinOps deve ser trabalhado com cada empresa de acordo com seu nível de maturidade.

A executiva apresentou o caso da Sul América, que teve o suporte da IBM para fazer a gestão de custos e a otimização de seu ambiente. Com isso, reduziu os chamados em 70% e melhorou a densidade de nós em 11%, permitindo alocar mais aplicações na mesma infraestrutura. “Começamos com o assessment, definimos o estado futuro, pensamos em opções de acesso, desenvolvemos o curso da ação e criamos o plano para implementação”, resumiu.

“A palavra-chave aqui é jornada. Não é usar cloud por cloud, mas definir qual benefício de negócio eu quero gerar com o menor custo. É preciso ter essa consciência dentro da organização. Por isso é preciso ter essa jornada de verificação contínua”, completou Arnaut.

Em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, o CTO da IBM Brasil, Wagner Arnaut, explicou o impacto do FinOps.

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