Huawei: Internet das coisas será o centro de todas as tecnologias

Os dispositivos conectados vão se multiplicar nos próximos anos, turbinados pela disseminação do 5G, e vão se tornar a tecnologia mais importante para a vida cotidiana. A aposta é do diretor sênior de Soluções da Huawei em Inteligência Financeira, Neo Gong, que aproveitou a FEBRABAN TECH 2023, nesta terça, 27/6, para destacar o novo e crítico papel que as operadoras de telecomunicações poderão alcançar com a transformação digital.

“A IoT está ganhando um novo papel ao crescer massivamente, se tornar mais barata e mais rápida. Isso significa que muitas informações serão coletadas e reunidas mais facilmente, o que terá impacto em diferentes indústrias, especialmente financeira. Porque esse é um negócio que lida com riscos”, destacou ao participar do painel Telecomunicações para o futuro ainda mais conectado.

“Dispositivos IoT com conexões 5G podem coletar dados dos clientes mais remotos, entendê-los e compreender riscos. Com impacto direto nos negócios, nos empréstimos. Isso já está acontecendo em pelo menos uma instituição na China”, emendou o diretor de Soluções da Huawei. Por lá, ressaltou, o número de dispositivos IoT vão disparar. “Em 2021, eram 5,8 bilhões de dispositivos IoT. Em 2025, esse número vai triplicar para mais de 17 bilhões instalados, conectando tudo. É um número 10 vezes maior que o número de celulares. Portanto, isso será uma mudança profunda.”

Essas mudanças, insistiu o executivo da Huawei, também vão transformar o próprio negócio das operadoras de telecomunicações. “As teles vão desempenhar um papel crítico e ao mesmo tempo vão assumir mais responsabilidades sobre os dados dos usuários. Globalmente, a penetração da telefonia móvel já é de cerca de 80%. Isso significa que todos têm celulares. Aparelhos que são capazes de registrar tudo. Significa que operadoras são capazes de ter muitas informações sobre nós. E com isso podem entender como essas informações podem ser utilizadas para promover bons resultados”, afirmou.

Para ele, a capacidade de data analytics das operadoras permite a elas prover até escores de crédito para bancos, facilitando financiamentos e reduzindo riscos.

“No setor financeiro já vemos inovações acontecendo. As teles podem fazer parcerias com bancos para promover maior inclusão de serviços financeiros. Há pessoas que não conseguem abrir uma conta em banco, ou obter crédito. E as teles podem fornecer analytics que subsidiem informações aos bancos para viabilizar isso, chegar aos desbancarizados”, completou Gong.