Itaú Unibanco: dois terços do que tinha de ser migrado já estão na nuvem da AWS
"Também estamos usando outras clouds. Nunca tivemos medo do novo. Vamos fazer 100 anos e estamos muito jovens", afirmou Milton Maluhy, presidente do Itaú Unibanco. Banco já conta com 20 mil pessoas trabalhando em squads.
Dois terços do que tinha de ser migrado para a nuvem do Itaú Unibanco já estão rodando na nuvem da AWS, e há outros sistemas em outras clouds, afirmou Milton Maluhy, presidente do Itaú Unibanco, ao participar da cerimônia de abertura da FEBRABAN TECH 2023, nesta terça-feira, 27/06, em São Paulo.
“A discussão da transformação não começou ontem, ela vem acontecendo ano após ano, o que mudou foi a velocidade. Ano que vem, o banco completa 100 anos e estamos muito mais jovens. Nunca tivemos medo do novo, porque sempre será uma oportunidade para evoluir. A tecnologia empoderou o ser humano”, salientou o executivo.
Maluhy destacou a forte jornada do banco para a transformação. Para além de migrar sistemas antigos para computação em nuvem, o banco incorporou o trabalho ágil e tem 20 mil pessoas trabalhando em squads.
“A cultura tem de ser centrada no cliente para potencializar o uso da tecnologia. Com o Banco engajado, você consegue transformar a experiência do usuário e a melhor ferramenta para isso é a tecnologia; ela nos permitiu nos reinventarmos”, completou o diretor-presidente.
Migração para nuvem
Para a sua jornada para nuvem, o Itaú Unibanco fechou contrato de dez anos com a AWS para endereçar suas necessidades da transformação digital por meio de modernização de plataformas e arquiteturas. Em agosto de 2022, o banco havia migrado cerca de 30% de seus serviços para a plataforma na nuvem da AWS e esperava fechar 2022 com um porcentual entre 45% e 50% do total.
De acordo com Ricardo Guerra, CIO do Itaú Unibanco, a estratégia está focada na geração de valor para os clientes e na sustentabilidade e competitividade dos negócios em curto e longo prazos. Para tanto, o Itaú Unibanco projetou uma plataforma capaz de evoluir, facilmente adaptável, que promove a diminuição de dependências e a adoção de uma arquitetura celular desacoplada, baseada em microsserviços.
Na migração do datacenter antigo, reescrever a plataforma é um desafio. “A grande dificuldade no processo é rearquitetar a plataforma; a cloud é o destino final. Não é simplesmente reescrever, porque o banco precisa continuar funcionando”, disse Guerra ao Convergência Digital no ano passado.