Febraban Tech 2023

Open Finance: renovação de consentimento do cliente desafia os bancos

Fase nova do Open Finance começa em setembro com pagamentos recorrentes. "O Open Finance não terá uma vitrine como o PIX teve. Mas ninguém é capaz de medir o potencial dele", diz a diretora de Inovação, Tecnologia e Cybersecurity da Febraban, Carolina Sanção.

Especial Febraban Tech 2023

Com uma média de 3 a 4 bilhões de chamadas/mês por mês, o Open Finance brasileiro avançou muito mais rápido do que o de outros países, em especial, do Reino Unido, o primeiro país do mundo a adotar o compartilhamento de dados, que chegou a 1 bilhão de chamadas/mês depois de cinco anos, aponta a diretora de Inovação, Tecnologia e Cybersecurity da Febraban, Carolina Sanção.

Uma questão importante- e neste momento a Febraban realiza uma pesquisa- com relação ao Open Finance é a renovação do consentimento dos usuários. “O consentimento é sempre para uma finalidade específica. Então temos de saber se houve maturidade; se faz sentido a renovação ou o consentimento é um a um”, explica a executiva.

O Open Finance foi um dos temas mais debatidos na Febraban Tech, realizada de 27 a 29 de junho, em São Paulo, e dividiu opiniões. Especialistas sustentam que o ritmo de adesão poderia ser maior; o Banco Central pediu mais criatividade aos bancos para atrair correntistas e a Febraban diz que o Open Finance tem uma lista de funcionalidades que ainda estão por vir.

“Vamos começar em setembro, a fase 4B, que permite o compartilhamento de dados cadastrais e transacionais para investimentos e teremos também a iniciação para pagamentos recorrentes. O Open Finance foi relacionado ao PIX automático, que entra em vigor em abril de 2024, mas os bancos não vão esperar. Já estamos viabilizando uma forma padronizada para iniciar o desenvolvimento e ter a produção no ano que vem”, explicou a diretora da Febraban.

Carolina Sanção observa que o Open Finance é um ecossistema em desenvolvimento, mas diz que ele não será uma vitrine como é, hoje, o PIX. “O Open Finance é um meio que facilita o surgimento e integrações no sistema bancário. Ele é um meio. Mas a verdade é que não sabemos como será o Open Finance mais à frente. A gente só sabe desse início”. Assista a entrevista com a diretora de inovação, tecnologia e Cybersecurity da Febraban, Carolina Sanção.


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