Futurecom 2023

Metacloud: a próxima evolução na oferta serviços na nuvem

O mercado brasileiro amadureceu no uso de computação em nuvem, seja ela pública ou privada e, agora, os usuários estão vendo um antigo desejo sendo realizado: ir além da interoperabilidade entre os diferentes provedores de nuvem. Trata-se da Metacloud, uma plataforma que, mais do que permitir aos usuários migrarem seus workloads entre diferentes provedores de nuvem pública, ampliar a gama de serviços.

“A plataforma Metacloud é uma evolução do multicloud. Ela permite mais que a  interoperabilidade entre diferentes ambientes, ela simplifica a gestão por parte do dono da aplicação”, observou a diretora de Serviços Cloud B2B da Embratel, Diuliana França, ao participar do painel Nas nuvens: Evolução das soluções de EdgeCloud, Multicloud e (até) o MetaCloud, realizado nesta quinta-feira, 5/10, no Futurecom 2023, em São Paulo. A Embratel, inclusive, está lançando novas funcionalidades da Metacloud nas próximas semanas, adiantou.

Também participaram do debate o executivo de contas especialista em telecom da VMWare, Edson Stein, Fernando Penna, head de desenvolvimento de negócios da Huawei Cloud e Marlisio Campos, diretor da Deloitte. Os especialistas foram unânimes ao afirmar que, com tantos dados, o desafio segue sendo tirar a melhor informação para agregar valor ao negócio. “Estamos buscando cada vez mais serviços inovadores e o edge computing, com os dados processados na ponta, complementa os serviços de cloud“, pontuou Edson Stein, da VMWare.

Diuliana França, da Embratel, lembrou que o usuário está exigindo a personalização. Ele quer ser único e ter serviços sob medida para a sua demanda e necessidade. “Não basta coletar, armazenar e tratar os dados. Eles têm de permitir a informação para serem transformados em negócio”, observou a executiva, que lembrou que o edge computing terá papel relevante para a expansão da cloud computing. Isso porque 70% dos dados em 2025 serão gerados e tratados na ponta, ou seja, no edge computing.

O diretor da Deloitte, Marlisio Campos, observou que, em 2020, a capacidade de processamento da nuvem já tinha superado a dos datacenters tradicionais e, em dez anos, a projeção é que 80% dos dados estejam na nuvem e 20% no modelo mais tradicional. “As startups são 100% nuvem. Elas não têm legado. Elas querem comprar serviços e tocar seu negócio”, pontuou.


Fernando Penna, da Huawei Cloud, ressaltou que o maior banco da China tem 500 milhões de correntistas, o que é mais do que o dobro da população brasileira, e o tratamento de dados é uma exigência. “Não por acaso as empresas de nuvem pública investem bilhões anualmente para assegurar inovação, mas também muita segurança ao dado”, destacou.

Com relação à segurança da informação, Edson Stein, da VMWare, foi taxativo: não dá para achar que os dados estão na nuvem e há uma zona de conforto. “Quanto mais seguro se sentir, mais vulnerabilidades você cria. É preciso partir da premissa que você já foi invadido, para agir e recuperar o dado mais rápido para a retomada do negócio”, advertiu.

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