SAP: carbono tem de ser tratado como dinheiro e estar nos ERPs das organizações
Entender o impacto das emissões de carbono no negócio tem sido um desafio para as empresas. A complexidade desse processo é diretamente proporcional à dificuldade das empresas em identificar os fatores de emissão nas diferentes etapas da cadeia produtiva e seus efeitos práticos para a sustentabilidade do negócio.
Atenta a esse desfio, a SAP está combinando a inovação embarcada na computação em nuvem e a inteligência artificial generativa para mostrar às áreas de negócio que a contabilidade do carbono é tão vital quanto a contabilidade financeira. A jornada de sustentabilidade da SAP apresenta o conceito Green Ledger, que une o carbono à contabilidade financeira.
A ideia é incluir nos processos de negócios os custos ambientais. Pedro Pereira, Chief Sustainability Officer na SAP, diz que é preciso incorporar a sustentabilidade nos processos de negócios. A exemplo do livro razão financeiro, onde todos os custos envolvidos na operação são registrados, as organizações precisam transformar processos para adotarem o “registro verde”. Na prática, isso significa considerar os custos ambientais envolvidos em cada operação.
“Temos que tratar o carbono como dinheiro. O conceito principal é ter uma contabilidade de carbono que seja tão importante quanto a contabilidade financeira. Somos a primeira empresa no mundo que está unindo o carbono e a contabilidade financeira, como parte do sistema de gestão empresarial das empresas”, detalha Pereira.
Nos últimos 50 anos, uma das vantagens que a SAP entrega para os clientes é ter uma visão única, sólida, auditável e rastreável das informações contábeis e financeiras, conta Pereira. Na jornada da sustentabilidade, a SAP está gerando uma espécie de livro razão financeiro verde, capaz de registrar a carga de carbono embutida e cada transação.
Na análise de Pereira, as empresas lidam com diversos desafios do ponto de vista macroeconômico e de impacto socioambiental. Para superar esses desafios, é preciso adotar uma transformação digital acompanhada da transformação de negócio centrada na sustentabilidade.
“Hoje a dimensão do carbono tem um impacto grande, porque ela se reflete na capacidade de as empresas conseguirem financiamento mais barato. Temos muitos clientes que estão usando essas informações auditáveis e rastreáveis para tomar crédito verde, ou seja, crédito com taxas mais atraentes para o negócio”, afirma Pereira.
Além de ter esse poder, o carbono, na visão do CSO da SAP, impacta a reputação das organizações, influencia o valor da marca. As empresas que estão trabalhando seriamente para manter esse compromisso estão conseguindo capitalizar essa reputação para conquistar capital mais barato no financiamento de seus projetos.
“Temos como diferencial o controle dos processos e a transparência. Tudo é auditável para que a organização enxergue o nível de emissões em cada processo. Quando a empresa pensa sustentabilidade com a SAP, não está gerenciando somente recursos financeiros, está planejamento e gerenciando recursos não financeiros, que são os recursos sustentáveis”, explica Pereira.
Inovação, nuvem e IA generativa para reduzir emissões
Entre os pilares da jornada de sustentabilidade da SAP, Pereira destaca a centralidade no ERP como pilar fundamental. Essa solidez dos dados extraídos do ERP é aliada à agilidade, à inovação e à segurança da solução que roda na nuvem. “Esses dois elementos, a centralidade no ERP e a inovação trazida pela nuvem, são fundamentais para que as empresas estejam preparadas nos próximos 50 anos no que se referente à sustentabilidade”, diz o CSO da SAP.
A plataforma da SAP também permite treinar modelos de inteligência artificial generativa com as informações dos processos do negócio e do dia a dia das finanças. Um exemplo de ganho real dessa aplicação é preparar relatórios ESG para uma reunião com investidores ou com uma instituição financeira. Outro exemplo do uso da IA generativa na jornada de sustentabilidade é o cálculo do fator de emissão de carbono em cada uma das atividades de uma empresa, o que requer métricas diferenciadas. “Usamos a IA generativa para criar uma base de todos os fatores de emissão em todos as atividades em tempo real”, diz.
A SAP que entregar simplicidade e praticidade para as soluções de sustentabilidade. “É o que buscamos quando habilitamos a IA para a sustentabilidade. Tudo está baseado na nuvem, com muita agilidade e inovação, além de a solução estar centrada no ERP. As empresas que abraçarem isso estarão preparadas para os próximos desafios”, afirma Pereira.
Embora termos como ERP, nuvem e IA tenham muita aderência às áreas ligadas à tecnologia, Pereira ressalta que, no tópico sustentabilidade, o grande benefício é manter um diálogo mais específico com as áreas de negócios.
“Setores como financeiro, marketing podem se beneficiar muito. As áreas de negócio precisam entender que um tema muito técnico, como ERP na nuvem, na verdade, está totalmente conectado com o desafio delas no dia a dia. A SAP está preparada para ajudar todas as áreas de negócio a superar seus desafios em sustentabilidade”, completa Pereira.