A nova era do deslumbramento

Em 1999 eu me envolvi em um acidente de trânsito na BR 101. Eu e minha mãe estávamos indo ao casamento de uma prima. Nossa viagem era de Porto Alegre (RS) a Araranguá (SC) que, para quem não sabe, se localiza logo depois da divisa entre os dois estados. De Joinville (SC), quase no Paraná vinham, juntos, meu pai e minha irmã. Todos nos encontraríamos direto na Igreja, já que a cidade ficava mais ou menos no meio do caminho.

Cerca de 50 km antes de chegar, eu me envolvi em um acidente. Leve, sem ferimentos, mas mesmo assim tivemos que esperar a Polícia Rodoviária e todos aqueles trâmites. Com o celular, ligamos do meio da estrada para o meu pai e lhe dissemos para ir direto para a Igreja. Eu e minha mãe acabamos chegando apenas para a festa.

O que hoje é uma coisa absolutamente trivial, há 18 anos era uma revolução. Imaginem o que teria acontecido se não houvesse, ou quando não havia, telefones celulares. Sim, porque sem ter como avisar, eu simplesmente teria “desaparecido”. Até que tudo se resolvesse, os problemas poderiam aumentar muito.

Eu estava na faculdade de informática na época, e lembro que pensei a sorte que tive por já ter celular. Vejam que, então, nem banda larga eu tinha. Apenas na virada para 2000 que surgiria a “internet grátis”, acabando com os pagamentos por hora aos provedores.


Ali, na idade da pedra lascada da internet no Brasil, iniciava uma revolução na comunicação. Em seguida surgiriam as redes sociais, o Orkut, o Facebook, mais tarde o Whatsapp e, atualmente, não estar todo o tempo conectado é considerado uma excentricidade.

A roda do tempo girou e hoje, 18 anos depois daquele acidente, estamos novamente neste ponto de deslumbramento com o novo: os carros autônomos. Imagine fazer uma viagem longa no conforto de uma sala de estar, sem se preocupar com tráfego, melhor caminho, estafa, motoristas barbeiros.. nada.

Vivemos o auge deste novo deslumbramento. A mobilidade autônoma nos abre, como raras vezes, uma janela de onde podemos ver que vários conceitos e paradigmas atuais vão desaparecer. Saber dirigir, hoje, é sinal de maturidade, de independência. Praticamente não se imagina alguém de sucesso que não saiba trocar marchas, estacionar ou mesmo usar freio e acelerador no tempo certo.

Como será o futuro? Será que um dia, ao fazermos a pergunta que Marty Mcfly faz naquela cena de De Volta para o Futuro (1985) ouviremos a resposta que o Doc Brown deu para ele?

“Ruas? Para onde vamos não precisamos, de ruas”

PVST 30 anos

Em 2017 o Grupo Volvo está comemorando 30 anos do Programa Volvo de Segurança no Trânsito – PVST. Criado em 1987, a iniciativa nasceu como uma forma de contribuição à sociedade brasileira para marcar os 10 anos da Volvo no Brasil.

A proposta evoluiu e, em 2013, o PVST redirecionou seu foco de atuação para a nova visão de segurança do Grupo Volvo: o Zero Acidentes. Como já comentado aqui na Auto Tec, ele expressa o ideal de futuro é zero acidentes envolvendo os veículos da marca até 2020.

De certa forma, uma iniciativa global da Volvo foi precedida por uma iniciativa da operação brasileira 26 anos antes. Isto também demonstra que a questão da tecnologia para evitar acidentes não é uma novidade para a marca sueca, mas uma política antiga. É como se o desenvolvimento tecnológico tenha oportunizado um novo “ferramental” para a preocupação com a segurança no trânsito.

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