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Abinee sai em defesa da Reforma Tributária em prol de mais investimentos

A reforma tributária, hoje em discussão, representa uma significativa alteração no ambiente de negócios, defendeu Humberto Barbato, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), na cerimônia de abertura do Fórum Abinee Tecnologia 2023, nesta terça-feira (18/07). 

Barbato afirmou que a reforma tributária, além de simplificar o atual sistema, propiciará um melhor ambiente para atração de investimentos.“Precisamos urgentemente aumentar a nossa produtividade e a eficiência econômica. Entendemos que a tão almejada reindustrialização do País só ocorrerá de fato, se a reforma tributária vier a ocorrer. Trata-se de um tema que está na agenda do País há décadas com inúmeras propostas e discussões e, hoje, a sociedade compreende que temos um sistema tributário caótico e complexo, que necessita de urgência ser alterado”, disse. 

Questionado pelo Convergência Digital acerca da avaliação da Abinee sobre se pode ou não haver aumento da carga tributária com a reforma, Barbato disse que, pelo avaliado pela associação, a reforma que foi proposta não vai criar nenhum tipo de impacto maior dentro do setor industrial. “Muito pelo contrário. O que acontece é que hoje tem uma infinidade de tributos que você paga e que você não consegue se creditar deles. Para ter uma noção, 10,5% do valor de um bem exportado do setor eletroeletrônico é resíduo tributário. Na reforma tributária, da forma como ela foi apresentada, todas as vezes que você compra, você se credita do imposto”, disse.

Ele explicou que a eliminação desse resíduo vai trazer uma situação muito melhor em termos de deixar de existir uma série de onerações. “Por isso, a Abinee é favorável à reforma. Nós não estamos esperando que haja uma redução de tributos; estamos esperando apenas que seja um mecanismo muito mais prático de se trabalhar. A gente [hoje] ocupa uma energia enorme para fazer a contabilidade; são 32 mil normas, quem é que consegue conviver com 32 mil normas?”, detalhou. 

CNDI — No novo governo, a Abinee passou a integrar o novo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, comandado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. No CNDI, a Abinee pretende endereçar propostas que potencializam o setor eletroeletrônico por sua capacidade de carregar benefícios para diversos segmentos, colocando o Brasil na vanguarda da modernização produtiva.  


Em seu discurso, o presidente-executivo da Abinee também destacou a necessidade de se aprofundar a discussão de uma agenda de políticas voltadas à promoção da inovação e modernização do parque fabril, incluindo investimentos em educação e qualificação profissional e incentivos para incorporação das novas tecnologias da era digital. 

“Embora a renovação do Padis até 2026 tenha sido uma grande conquista do setor, a adoção de ações adicionais para atração da indústria de componentes e semicondutores é mandatória para que o Brasil garanta sua emancipação tecnológica e se posicione melhor nas cadeias globais de valor, diminuindo sua dependência externa”, apontou.  

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