Avanço das redes vai ditar ritmo das aplicações de Internet das Coisas

Fazer o check-in no aeroporto por reconhecimento facial ou ter a satisfação com uma compra analisada a partir das expressões captadas por câmeras em lojas são experiências reais da combinação de tecnologias de análise de dados e inteligência artificial. Expostas pela NEC no Futurecom 2017, dão uma ideia do futuro que já chegou e do potencial do que indústria e operadoras chamam de transformação digital. 

Como lembra o engenheiro-chefe da fabricante japonesa, Shinyo Kukita, o ritmo em que inovações como essas chegarão ao cotidiano está diretamente associado ao avanço das redes de telecom, alicerce da Internet das Coisas. “Já temos máquinas muito boas. Agora temos que conectar essas máquinas com as aplicações. Mas vamos fazer as coisas passo a passo. As aplicações serão realidade a partir da efetiva disponibilidade das redes. Se a rede não for adequada para certo tipo de aplicação, vai levar algum tempo. Mas vamos ter as aplicações para o que for possível. E quando as redes forem sendo atualizadas, veremos mais aplicações sendo implementadas”, disse o CTO da NEC. 

Ao mesmo tempo em que as câmeras em lojas podem captar as reações de cada cliente, elas também vão acumulando dados que poderão indicar quantos consumidores vieram, se eram homens ou mulheres, o que olharam ou compraram. “É uma forma de mostrar como a tecnologia de identificação biométrica pode ser aplicada ao caso concreto”, destacou Kukita. 

Mas se as máquinas podem substituir atendentes no aeroporto ou vendedores nas lojas, elas criarão oportunidades para novas atividades, ele acredita. “Sou otimista nesse aspecto. Alguns empregos serão substituídos por inteligência artificial ou robôs. Mas veremos novos empregos surgirem em cinco, dez anos. Teremos novas formas de trabalhar e novas formas de passar o tempo.”  Assistam à entrevista exclusiva com o engenheiro-chefe da NEC, Shinya Kukita.


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