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Governo

AWS vira parceira da Embratel no serviço de nuvem ao governo federal

Uma reviravolta ocorreu na última sexta-feira (09/11), durante  sessão do pregão 29/2018, que visa contratar serviço de nuvem pelo governo federal. Nos bastidores, a AWS passou a ser a nova parceira da Embratel/Primesys no processo de escolha do vencedor do certame. Hoje, se o governo decidir anunciar o vencedor, a apresentação da documentação deverá confirmar essa presença.

A AWS tinha ficado na segunda colocação do pregão eletrônico, por conta da parceria que tinha com a Globalweb. Entretanto, a oportunidade surgiu quando a Microsoft, desgastada com o vazamento da informação de que estaria não apenas na terceira colocação com a Brasoftware, mas também com a vencedora Embratel, foi obrigada a desistir do negócio.

Desde maio, o mercado vinha sinalizando que esse pregão poderia estar direcionado para a Microsoft, e esse desgste acabaria fatalmente em pedidos de impugnação nos organismos de controle ou no Judiciário. Para evitar um mal maior, a Microsoft preferiu perder o negócio para se recompor lá na frente com o futuro governo.

Com Microsoft ou não, no momento há um forte indicativo de que outras empresas deverão questionar na Justiça ou nos organismos de controle, os resultados desse pregão, a partir do texto do edital. O texto acabou deixando de fora gigantes como Google, Dell, Telefonica Data, Huawei, Oracle, IBM, entre outros interessados no negócio.

Junte-se a isso a questão  até hoje não respondida claramente pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, sobre a necessidade de se realizar em fim de governo uma compra de serviços, que sequer se sabe se é do interesse do futuro governo. Numa nota oficial em resposta às reportagens do portal Convergência Digital, o ministério alegou que a discussão da nuvem vem ocorrendo desde 2016, e que portanto não haveria que se questionar a pressa na aprovação do pregão eletrônico.


Tal afirmação não corresponde com a realidade dos fatos. Até maio, o mercado esperava por um Termo de Referência e um Edital, que preveria a contratação de uma multinuvem, com o controle feito por um broker. Porém, em maio deste ano, o ministério deu uma guinada de 180 graus na proposta inicial, e anunciou que contrataria um provedor único do serviço, ferindo as expectativas iniciais de todo um mercado estabelecido no Brasil.

Pregão

Após as negociações no pregão eletrônico para a contratação da primeira nuvem pública, o governo federal conseguiu uma redução no preço estimado em edital de R$ 71 milhões, para uma proposta de serviço da Embratel/Primesys, no valor de R$ 29,9 milhões. Esse preço estaria dentro dos parâmetros aceitaveis para uma empresa assumir o serviço, sem a necessidade de amanhã alegar desequilíbrio econômico e pedir novo reajuste? Essa é a discussão que domina o mercado nesse momento.

A primeira nuvem pública do governo, em contrato que pode chegar a 60 meses e ainda incluir outros órgãos que queiram aderir à ata de registro de preços, atraiu 12 fornecedores – além da Primesys, participaram Globalweb, Brassoftware, GMAES, Central IT, BR Cloud, Capgemini, Uol Diveo, Binario, Tivit, RJR e Real Digital. 

Outros gigantes, porém, questionam esse edital, alegando que não conseguiram atender a todas as exigências contidas no documento, dada a draconiana especificidade que o ministério exige em termos de serviços de nuvem.

*Colaborou Luís Oswaldo Grossman.

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