B3, Bradesco e Itaú testam projeto de cadastro compartilhado no blockchain

A B3, fusão da BMF&Bovespa e da Cetip, e os bancos Bradesco e Itaú Unibanco estão fazendo prova de conceito do uso da plataforma Corda, desenvolvida pelo consórcio R3, em projeto batizado de Fingerprint, que usa blockchain para compartilhar cadastros de clientes. Eles apresentaram a experiência durante o Ciab FEBRABAN 2017, que acontece esta semana, em São Paulo.

Atualmente, cada instituição tem sua própria base, resultando em replicação de dados e redundância de processos, além de riscos de negócio como dados inconsistentes e desatualizados e fraude devido à falta de informações com outros pares.

Uma solução centralizada, na opinião dos participantes, não seria ideal porque colocaria os dados dos clientes confiados a uma empresa terceira, correndo o risco de vazamento de dados e monopólio. Diante disto, a solução de livros-razão distribuídos apresentou-se como um novo modelo de negócio, oferecendo dados mais consistentes e atualizados, com o compartilhamento dos dados somente com os pares necessários.

Para a prova de conceito foram criados contratos fictícios e não houve integração com sistemas legados. O projeto teve escopo reduzido para um conjunto mínimo de informações e de regras de negócio. Conforme as instituições explicaram, a premissa é que os dados pertencem ao cliente e ele é que escolhe com quais empresas quer compartilhá-los. Entre os benefícios estão a possível redução de custos operacionais e de prazos de processos internos, além de redução de fraudes.


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