BNDES prevê venda do Serpro e da Dataprev para junho de 2021. Telebras fica para julho
Uma articulação fortalece a política de privatização do governo Bolsonoro. Em evento para investidores, realizado esta semana, em São Paulo, o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, apresentou um calendário desenhado pelo BNDES – que será o responsável direto pelas vendas das estatais – com as privatizações previstas até 2022.
Nele está previsto que as privatizações do Serpro e da Dataprev aconteçam em junho de 2021. A Telebras ficaria para julho de 2021. A CEITEC para fevereiro de 2021. Até lá, aconteceriam as rodadas de negociações com os interessados. A estratégia de privatização ganha escala com um episódio político que acirra a disputa entre a Casa Civil e o Ministério da Economia.
Impulsionado pela repercussão negativa do uso de avião da FAB pelo ex-secretário-executivo da Casa Civil, Vicente Santini para acompanhar as viagens do presidente ao Fórum Mundial, em Davos, e a Índia nas férias do ministro Onyx Lorenzoni, o presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira,30/01, pelas redes sociais, que o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) deixou a Casa Civil e será coordenado pelo Ministério da Economia.
Isso significa que a venda de empresas como Serpro, Dataprev, Telebras, CEITEC e Correios está, agora, sob o crivo direto da equipe do ministro Paulo Guedes e do secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar.
Das estatais de TICs colocadas à venda, a Dataprev é a única que está tendo uma resistência dos seus servidores, que deflagraram uma greve nacional contra a demissão de quase 500 funcionários e do fechamento de 20 escritórios da estatal no País.
*Com informações de agências de notícias