
Instituída há quase dez anos, a inteligência artificial do Bradesco, a BIA, se tornou a face de um programa institucional da organização cuja ideia é ter interação cada vez mais natural com o cliente. Mais recentemente, a incorporação da inteligência artificial generativa transformou a BIA em um assistente de desenvolvimento rápido, confiável e poderoso, conforme definiu Juliano Marcílio, diretor-executivo de transformação do Bradesco, em apresentação no Febraban Tech 2025, realizado em São Paulo de 10 a 12 de junho.
Marcílio contou também que o banco já tem multiagentes de IA em todos os lugares. “Hoje, estamos trabalhando com equipes que são formadas por pessoas e agentes, na taxa de 20 agentes por pessoa. A inteligência artificial não funciona como copiloto; cada um dos multiagentes tem responsabilidades específicas”, detalhou o executivo, que compartilhou estar vendo um aumento na produtividade “muito grande”.
Em 2024, o Bradesco adquiriu a Kunumi, uma spin-off criada em 2016 no departamento de Ciência da Computação (DCC) da UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais], e deu um pontapé no desenvolvimento do RendaBra 5.0, um modelo que apoia desde a segmentação até a definição de políticas, auxilia na tomada de decisões pelos analistas e serve como insumo para outros modelos e regras. Trata-se de um exemplo de aplicação da inteligência artificial.
Para Nathalia Garcia, diretora de marketing do Bradesco, a acurácia para prever movimentos que podem acontecer tem sido um dos benefícios da inteligência artificial generativa. O marketing da instituição financeira implementou modelos de IA que têm ajudado na efetivação de negócios, pois ajuda a identificar o momento correto de abordar o cliente, o que leva a uma eficiência maior. “É como o uso do dado de forma a gerar aproximação. A IA começou como uma assistência virtual e, hoje, é símbolo de um novo jeito de colaborar e da evolução do Bradesco”, assinalou a diretora na palestra.
Ambos os executivos conversaram com a CDTV após a apresentação. Na entrevista, contaram como a evolução da BIA demonstra a transformação tecnológica do Bradesco e falaram sobre como prepararam a instituição financeira para os funcionários usarem IA.
“Hoje, conseguimos usar a inteligência artificial generativa, a BIA, em todas as estruturas da organização”, disse Marcílio. “O banco para cada um é uma busca diária. A comunicação tem mudado muito e a inteligência artificial está muito presente no nosso dia a dia, ajudando a entender melhor o cliente. A inteligência artificial veio para ficar e não para tomar lugar”, completou Nathalia Garcia.
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