GovernoInternet

Brasil, Argentina e Paraguai criam rede latina de inteligência contra sites piratas

Iniciativa também vai costurar estratégia com União Europeia para ações globais

Representantes das forças de segurança do Brasil, Argentina e Paraguai reuniram-se em Brasília, em 30 e 31 de julho, para discutir estratégias conjuntas contra crimes de propriedade intelectual no ambiente digital. O encontro, coordenado pelo Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), teve como objetivo aprimorar a troca de informações e metodologias de investigação entre os países.

Segundo Mario Sarrubbo, secretário nacional de Segurança Pública, a iniciativa busca fomentar políticas públicas para a criação de uma rede de inteligência latino-americana contra sites piratas. “Essa ação coordenada permitirá não só uma resposta nacional, mas regional, diante de um problema que afeta toda a sociedade”, afirmou. O evento contou com a participação de cerca de 30 especialistas, incluindo membros do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) da Senasp.

A reunião teve o apoio do programa AL-Invest Verde DPI, implementado pelo European Union Intellectual Property Office (EUIPO), que promove a proteção de direitos de propriedade intelectual no Mercosul. A iniciativa visa estimular a inovação sustentável, com foco em pequenas e médias empresas.

“Com a participação da União Europeia e de outros países latino-americanos, estamos criando uma rede global para combater esses crimes e transformar o cenário digital”, destacou Sarrubbo. Ele ressaltou ainda a importância da integração entre Ministérios Públicos, forças de segurança nacionais e agências internacionais, já que as vítimas são cidadãos de diversos países.

Rodney da Silva, diretor da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) da Senasp, enfatizou que o encontro fortalece a cooperação internacional no combate a delitos cibernéticos, especialmente os ligados ao crime organizado. “O alinhamento entre Brasil, Paraguai e Argentina, além de entidades nacionais e internacionais, amplia a qualidade das discussões em uma parceria público-privada de interesse público”, declarou.


Entre os resultados esperados estão a padronização de procedimentos, o reforço em provas digitais e a agilidade na troca de informações sobre alvos investigados. “Esse é o caminho para operações conjuntas contra crimes transnacionais no futuro”, concluiu Silva.

Botão Voltar ao topo