Brasil assume liderança e se torna hub do Wi-Fi 6E nas Américas
Com a disparada do uso das conexões domésticas a partir da pandemia de Covid-19, a decisão do Brasil de destinar toda a faixa de 6 GHz para uso não licenciado, com implicação direta na disseminação do Wi-Fi 6E no País, não apenas atende uma demanda que já cresceu, como também aponta para ganhos econômicos expressivos ao longo dos próximos 10 anos.
“Estamos muito animados com o que acontece no Brasil. O País tomou uma importante decisão e assumiu um papel de liderança, tornando-se um hub para o desenvolvimento do Wi-Fi 6E na região. Como demonstramos em relatórios enviados à Anatel, o Brasil já passa por um crescimento das atividades online, com um adicional de 2,8 exabytes no segundo semestre de 2020”, destacou a presidente da Dynamic Spectrum Alliance, Martha Suarez, ao participar do Wi-Fi 6E Brasil, promovido pelo Wi-Fi NOW, com colaboração do Convergência Digital.
Segundo ela, além de atender esse crescimento já visto, a decisão pelo uso integral dos 1.200 MHz entre 5.925 GHz e 7.125 GHz deve se refletir em ganhos econômicos. “O uso não licenciado cria novas oportunidades. Calculamos uma contribuição de US$ 112 bilhões ao PIB do Brasil, outros US$ 30 bilhões em valor adicionado na produção e US$ 21 bilhões em consumo na próxima década”, afirmou Martha Suarez.
“Vemos uma tendência clara para a destinação dos 1.200 MHz. Com Brasil, EUA, Chile e Guatemala, já são quatro países que abriram o acesso não licenciado para toda a banda. Outros estão com processo em andamento, como Costa Rica, Peru, México, Canadá, Honduras, Argentina e Colômbia. E só na Argentina e Peru há algum questionamento para destinação de apenas 500 MHz. Há economias de escala relevantes com o Wi-Fi. E esse progresso atual das Américas vai nessa direção de harmonização.”