Brasil corre sério risco de ficar de fora do tabuleiro geopolítico da Inteligência Artificial
A advertência foi feita pelo professor Celso Camilo, do Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA) da Universidade Federal de Goiás (UFG). "O PL 2338/23 tem mais restrições do que ações de fomento", lamenta.
O Brasil corre sério risco de ficar de fora do tabuleiro geopolítico da Inteligência Artificial, como já ficou fora da corrida dos chips e de todas voltadas à tecnologia, adverte o professor Celso Camilo, do Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA) da Universidade Federal de Goiás (UFG).
“Estamos muito preocupados com muita coisa que não é real, nem há evidências que o serão alguma dia. Temos de ter menos classificações. O PL 2338/23 é muito tímido nas ações de fomento à IA, mas muito forte nas restrições”, lamenta Celso Camilo, que participou do 5º Congresso Brasileiro de Internet, realizado pela Abranet, no dia 22 de maio.
O professor do CEIA, de Goiás, exemplifica as restrições. “A explicabilidade tem de estar onde há muito risco, mas cobrar em toda e qualquer aplicação de IA é um exagero. Não protege o usuário e aumenta muito o custo de desenvolvimento”. Para Celo Camilo, o momento é de colocar a bola no chão, chamar os técnicos e entender que não se tem desenvolvimento econômico social sem ciência e tecnologia. “A corrida de IA não se corre sozinho”, adverte. Assista a entrevista com Celso Camilo, do CEIA.