Governo

Brasil defende regulação internacional para Inteligência Artificial por eleições

Ao tratar do risco do uso eleitoral para manipular opiniões, especialmente durante as eleições, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, defendeu, nesta terça, 21/5, que a inteligência artificial seja regulada em âmbito nacional, mas também internacional.

“Uma inteligência artificial, principalmente anabolizando as notícias falsas, pode mudar o resultado de uma eleição. Porque até que aquilo seja desmentido, até que chegue a versão verdadeira a todo o eleitorado, isso pode mudar milhares de votos. Consequentemente, isso pode fraudar o resultado popular”, afirmou o ministro ao participar de seminário sobre IA e eleições, promovido pelo TSE e pela Fundação Getúlio Vargas.  

“Com o advento das fake news, a inteligência artificial passou a potencializar as notícias fraudulentas. A desinformação tem um destinatário certo, que é o eleitor. Ela busca direcionar o voto com mentiras, as mentiras pretendem polarizar o processo eleitoral de tal maneira que retira do eleitorado a liberdade na hora do voto o que, por consequência, contribui para corroer a confiança na democracia”, destacou.

Por isso, insistiu o presidente do TSE, o tema precisa ser tratado tão somente nas esferas nacionais. “É absolutamente urgente e necessário que os países, as autoridades, se unam para que não haja apenas regulamentações nacionais, mas uma regulamentação internacional. A União Europeia já deu um grande exemplo recentemente, aprovando duas leis importantes nesse sentido. Outros países do mundo vêm discutindo essa questão”, afirmou.

* Com informações do TSE


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