
A Brasscom, entidade que representa as empresas de tecnologia da informação e comunicação no Brasil, vê com otimismo a tramitação da Medida Provisória que institui o Redata, política voltada ao desenvolvimento do mercado nacional de processamento de dados. Em entrevista ao Convergência Digital, Affonso Nina, presidente da entidade, diz que aprovação da medida será um avanço para o mercado. Executivo participou da Futurecom 2025, em São Paulo.
De acordo com Nina, o texto é resultado de mais de dois anos de articulação entre governo e iniciativa privada. “Há cerca de um ano entregamos um primeiro documento com as propostas. Esse foi um trabalho de construção interessante entre diversos ministérios, mostrando como o governo pode trabalhar de forma articulada com o setor”, afirma.
Nina destaca, no entanto, que a MP é apenas uma parte do processo. Para que os efeitos sejam concretos, será necessário avançar também no campo infralegal, com decretos, regulamentações e portarias que complementem a legislação. “Isso vem acontecendo em paralelo à tramitação no Congresso”, ressalta.
Em Brasília, a Brasscom já iniciou o diálogo com parlamentares para apresentar os benefícios do projeto. O executivo avalia que a proposta foi bem recebida e pode abrir espaço para que o Brasil dê um “salto gigantesco no mercado global de processamento de dados”. Ele defende ainda que a tramitação seja conduzida sem disputas ideológicas. “Acreditamos que o Redata deve ser blindado de qualquer viés político. Essas conversas estão acontecendo e a perspectiva é interessante”, diz. Assista a entrevista.