Brasscom: Prorrogação da desoneração da folha gera 335 mil novos postos de trabalho em TI
A prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2022 permitirá a criação de 335 mil novos postos de trabalhos em TI, sustenta a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, Brasscom.Mas o fim do benefício em dezembro, adverte, provocará demissões o fim de 84 mil postos de trabalho.
A entidade assinou nesta quarta-feira, 27/05, um manifesto favorável à aprovação da Medida Provisória 936/20 no Congresso Nacional e a sua sanção presidencial. Hoje a desoneração da folha beneficia os setores de tecnologia da informação, construção civil, comunicação social, transporte público, têxteis, calçados e call center.
De acordo com a manifestação da Brasscom, a política de desoneração da folha de pagamento foi e é emblemática para inserir a TI brasileira na competição global. Na primeira fase – de 2011 a 2015 – o setor contratou 95 mil profissionais. Nos anos de 2015 e 2016, sem o benefício, a contratação de profissionais caiu 50% e ficou em 49 mil trabalhadores. Em 2017, a desoneração da folha foi reativada e o setor reagiu contratando 20% a mais de profissionais chegando a 60 mil trabalhadores.
Na prática, com a desoneração das folha, as empresas podem escolher entre contribuir com um percentual que fica entre 1% a 4,5% sobre a receita bruta, ao invés de recolher 20% sobre a folha de pagamento para a Previdência. Se a medida perder a vigência em dezembro, todos os segmentos vão contribuir com 20% sobre a folha de pagamento.
Para tentar reverter a posição do Ministério da Economia, que tem se posicionado contra a prorrogação do benefício, a Brasscom elenca quatro razões em defesa do benefício:
·A recuperação do desemprego profundo em face da Covid-19 dependerá dos setores hoje desonerados.
·Não elevar carga tributária do setores que mais empregaram nas últimas décadas.
·Preservar empregos qualificados no Brasil frente à concorrência global.
·Melhorar a posição do Brasil (71º lugar) no índice de competitividade laboral do Fórum Econômico Mundial.
*Com informações da Brasscom