Cabo ou fibra óptica dominam acesso à Internet nos domicílios brasileiros
Quase 40% das conexões à internet nos domicílios brasileiros são feitas via cabo de TV ou fibra ótica. A pesquisa TIC Domicílios 2018, lançada nesta quarta-feira (28/08) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) mostrou que 62% das conexões nos 46,5 milhões de domicílios com acesso à internet são do tipo banda larga fixa, sendo 39% via cabo de TV ou fibra ótica, 10% via DSL, 6% via rádio e 7% via satélite.
Quando se analisa o recorte de áreas rurais e urbanas, observa-se que, nas áreas rurais, houve crescimento nas conexões via satélite, passando de 11% em 2017 para 15% em 2018, ao mesmo tempo em que as conexões por rádio caíram de 20% em 2047 para 13% em 2018. Já a fibra ótica ou cabo de TV chegam menos às áreas rurais, mas houve aumento: de 16% na pesquisa de 2017 para 20% na de 2018.
Para o coordenador da TIC Domicílios, Winston Oyadomari, ao longo da série histórica, observa-se a importância das pequenas empresas de Internet no incremento do uso de fibra ótica. “Entre os conectados, destaque para o que está acontecendo com os tipos de conexão que chegam aos domicílios. Entre 2015 e 2018, houve crescimento da conexão via cabo de TV e fibra ótica e diminuição da conexão via ADSL e linha telefone”, ressaltou, durante a apresentação da pesquisa para a imprensa, nesta quarta-feira 28/08. “A TIC Provedores 2017 mostrou cenário parecido com isto. De 2014 a 2017, passou de 49% para 78% o porcentual de empresas oferecendo conexão por fibra ótica”, acrescentou o coordenador de projetos de pesquisas do Cetic.br, Fábio Senne.
Assim como em 2017, permanece o porcentual de 10% dos entrevistados que não souberam identificar qual é o tipo de conexão que têm no domicílio. As conexões móveis (3G e 4G) subiram de 25% para 27%. Com relação a velocidades, em 2018, a pesquisa apontou que nas áreas rurais, faixas abaixo de 4 Mbps prevalecem — sendo 10% com 1 Mbps; 10% com 2 Mbps e 7% com de 3 a 4 Mbps —, enquanto que, nas áreas urbanas, 10% das conexões são 9 Mbps a 10 Mbps; 8% de 5 Mbps a 8 Mbps e 8% de 11 Mbps a 20 Mbps. Entre os motivos alegados para não ter conexão à internet, 61% afirmaram achar muito caro o serviço, um porcentual maior que os 59% identificados em 2017.
Em sua 14ª edição, a TIC Domicílios realizou entrevistas em mais de 23 mil domicílios em todo o território nacional, entre outubro de 2018 e março de 2019 com o objetivo de medir o uso e apropriação das tecnologias da informação e da comunicação nos domicílios, o acesso individual a computadores e à Internet, atividades desenvolvidas na rede, entre outros indicadores.
Para acessar a TIC Domicílios 2018 na íntegra, assim como rever a série histórica, visite http://cetic.br/. Compare a evolução dos indicadores a partir da visualização de dados disponível em: http://data.cetic.br/cetic/explore?idPesquisa=TIC_DOM.