Carros autônomos são uma ameaça

Na contramão da onda que acredita que os carros autônomos chegarão ao mercado global “amanhã”, Clarence Hempfield, vice-presidente de Inteligência de Localização da Pitney Bowes, considera que ainda vai demorar muito para isso se tornar realidade.

Uma experiência realizada pelo repórter Andy Greenberg, da revista Wired, mostra os perigos de não ter o carro “nas mãos”. Ele dirigiu um Jeep Cherokee que foi “sequestrado” por pesquisadores de Saint Louis, nos Estados Unidos.

Do começo, com controle remoto do ar-condicionado e rádio, até o acelerador desabilitado foi um passo. “E como será quando os carros forem autônomos? ”, pergunta a executiva da Pitney Bowes.

“Carros autônomos, no fundo, serão grandes plataformas de IoT (Internet of Things, Internet das coisas em português). Assim, eles estarão sempre conectados e estarão constantemente expostos a ataques”, lembra.


Para ela, a solução pode estar nos dados baseados em localização. Hoje em dia, sistemas de GPS, aplicativos e até mesmo sites já usam a localização do usuário na hora de oferecer um serviço ou uma informação. Da mesma forma, cada vez os automóveis se tornam mais “inteligentes”, informando qualquer tipo de problema no seu sistema, físico ou mecânico, imediatamente ao motorista.

“Teoricamente, o mesmo tipo de infraestrutura de alerta em tempo real pode ajudar a resolver ameaças de segurança cibernética e roubos mais tradicionais, que poderia levar a ofertas novas ou ampliadas pelas organizações de monitoramento de veículos”, acredita Gabriela.

Para ela, bastaria que os motoristas permitirem que organizações ou oficiais de segurança monitorem a localização de seus veículos, eles podem ser alertados imediatamente sobre qualquer ação diferente das expectativas – e até desligar o veículo em uma situação de emergência.

Além de questões tecnológicas e de segurança cibernética, aqui entra a privacidade. É claro que, no mundo conectado de hoje, ela já é praticamente uma ilusão, mas a maioria das pessoas ainda precisa acreditar nisso para se sentir segura, mesmo que seja uma segurança sabidamente falsa.

A executiva da Pitney Bowes certamente levanta uma questão relevante, que se não é deve ser tratada com urgência por todas as empresas que, direta ou indiretamente, investem no desenvolvimento da mobilidade autônoma.

Velocidade por música

Um novo aplicativo promete diminuir o número de acidentes de trânsito com música. Esta é a proposta do Speed-O-Track, desenvolvido pela japonesa Dentsu em parceria com a Google e a Spotify e a Arteris, uma das maiores empresas de concessões de rodovias do Brasil.

Ao fazer o login no Spotify, o Speed-O-Track usa os dados do Google Maps para identificar a velocidade máxima permitida no local. Quando o limite é ultrapassado, a música que está tocando no momento acelera e só volta ao ritmo normal quando o veículo estiver dentro da velocidade permitida.

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