CDCast: Serpro projeta receita de mais de R$ 4 bilhões com venda de serviços

Com um projeto de R$ 400 milhões para desenvolver o que chama de ‘nuvem soberana’, o Serpro planeja aproveitar as novas características dessa infraestrutura para avançar sobre o setor privado. Em entrevista ao CDCast, do portal Convergência Digital, o presidente da estatal, Alexandre Amorim, revelou que a empresa vai superar R$ 4 bilhões com a venda de serviços este ano e quer chegar a 25% desse desempenho fora do governo. 

“Deixamos de ser um broker de nuvem e agora somos um provedor de nuvem. Com a nuvem de governo, passamos a fornecer nuvem. E é uma nuvem com características distintas: está no território nacional, com qualidade, com segurança, com privacidade. E, mais do que qualquer coisa, com soberania dos dados. Temos preços competitivos, estamos trabalhando em parceria com outros provedores e conseguimos agregar uma camada de segurança que o Serpro já possui e oferece para o governo. Com essa qualidade, queremos ampliar”, afirmou o presidente do Serpro. 

De olho em uma participação ainda maior junto ao setor financeiro, a estatal participa da Febraban Tech 2024 com o claro objetivo de aumentar a mordida sobre o mercado privado. “Somos uma empresa de inteligência do governo que procura ampliar a atuação no mercado privado e a Febraban Tech é um espaço para levarmos serviços de qualidade, carteira de produtos, como confiança.”

A avanço é para que um quarto das receitas com serviços venham de instituições fora da esfera pública. “O mercado privado representa hoje para o Serpro aproximadamente 22% do nosso orçamento. E queremos ampliar. Nossa meta este ano é chegarmos próximos a 25%. Nos consolidamos como empresa de inteligência, implantamos a nuvem de governo, que vai estar operando em outubro. Faturamos no ano passado R$ 3,8 bilhão com receitas próprias. Este ano a expectativa é ultrapassar os R$ 4 bilhões. Totalmente em serviços comercializados pelo Serpro”, disse Amorim.