Coalizão comemora proposta da Anatel que destina faixa de 6 GHz para WiFi
Em carta enviada ao Conselho Diretor da Anatel, a Coalizão WiFi6E Brasil, que reúne pequenas e grandes empresas, entidades e mesmo operadoras, como a Oi, celebraram a decisão da agência de indicar que a faixa de 6 GHz – entre 5,925 GHz e 7,125 GHz – será totalmente destinada a uso não licenciado, como os sistemas WiFi. A sugestão está em consulta pública.
“O uso não licenciado da faixa de 6 GHz possibilitará a massificação da conectividade em banda larga e a democratização do acesso à Internet no Brasil, especialmente por meio da atuação dos provedores de Internet de pequeno porte”, diz a carta da Coalizão, que reúne 21 entidades, que representam 1,5 mil empresas, como Abranet, Abrint, Oi, Amazon, Apple, Facebook, Google, Internetsul e Qualcomm, além da Coalizão Direitos na Rede.
Além do ganho social em um país onde o WiFi é a principal forma de conexão à internet – usadas em 75% do tempo que alguém está na rede, mesmo que por meio de aparelhos celulares – os números sugerem também ganhos econômicos para o país.
“O valor econômico acumulado entre 2020 e 2030 associado à destinação de 1200 MHz na banda de 6 GHz para US$ 112,14 bilhões [cerca de R$ 570 bilhões] em contribuição para o PIB; US$ 30,03 bilhões [R$ 150 bilhões] em superávit do produtor para as empresas brasileiras; e US$ 21,19 bilhões [R$ 100 bilhões] em superávit do consumidor à população brasileira, a partir de 2021”, lembra a Coalizão no documento encaminhado à Anatel.
Um dos pontos favoráveis à destinação da faixa para aplicações não licenciadas é o impacto imediato caso a decisão seja confirmada pelo órgão regulador. Como lembram empresas e entidades, “já há empresas fabricando equipamentos WiFi6 no Brasil, e tão logo o WiFi6E seja liberado, eles entrarão na linha de produção”.