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Correntista elege o celular como principal meio de relacionamento com os bancos

O aumento da utilização do banco por meio de aparelhos celulares puxou o crescimento de 10% no número de transações bancárias em 2017, saindo de um total de 65,4 bilhões em 2016 para 71,8 bilhões no ano passado. De acordo com a pesquisa Febraban de tecnologia bancária, divulgada nesta quinta-feira (03/05), o mobile banking saltou de 18,6 bilhões de transações em 2016 para 25,6 bilhões, enquanto as feita pela internet foram 15,5 bilhões em 2016 e 15,8 bilhões em 2017.

Somadas, as transações pelos canais digitais tiveram crescimento de 30%, enquanto os canais tradicionais tiveram queda, e hoje representam 58% do total de transações bancárias no País.”O crescimento foi basicamente puxado pelo mobile, devido a alguns fatores como os bancos disponibilizando mais operações pelo celular, os clientes gostando e usando mais e a jornada boa, a facilidade de uso, faz com que você acesse mais vezes o banco pelo celular”, explicou Gustavo Fosse, diretor-setorial de tecnologia e automação bancária da Febraban.

O banco pelo celular já representa pouco mais de um terço (35%) das transações bancárias, à frente da internet (22%), ATMs (14%) e PoS (13%). Outro dado que comprova que o celular virou o meio preferido para interação com o banco é o número de transações com movimentação bancária, que teve aumento de 70%. Em 2017, foi 1,7 bilhão de transações com movimentação contra 1 bilhão de 2016 — a maior parte das interações (23,9 bilhões) ainda é para fazer consultas, por exemplo, de salto. Fosse assinala que entre os dois anos muitos bancos passaram a oferecer soluções de crédito pelo celular, o que contribui para o incremento.

No entanto, os canais tradicionais (agências, ATMs, correspondentes e contact center) ainda são os principais para a realização de transações com movimentação financeira: somados, os meios tradicionais fizeram 10,8 bilhões de transações, contra 9,4 bilhões em PoS e 5,3 bilhões nos canais digitais. Uma análise em perspectiva, levando-se em conta os últimos anos, observa-se uma leve queda nos meios tradicionais e aumento tanto nos canais digitais quanto nos PoS.

Já nas transações sem movimentação financeira, os canais digitais lideram. Pela facilidade em consultar saldos, extratos, cotar financiamentos e outros, o acesso pelo celular ou internet representam 78% do total. Ao comentar os resultados da pesquisa, Fosse assinalou que o maior uso do celular e da internet refletem uma importante mudança de comportamento do cliente, que tem dado preferência a sacar menos e fazer mais transferências ou optar pelo cartão.


“Há uma busca pela conveniência”, disse, mostrando o crescimento de 85% no pagamento de contas pelo celular e de 25% pela internet; e aumento de 45% no número de transferências (DOC/TED) usando o canal móvel. A pesquisa também mostrou que as contas 100% mobile banking somavam 1,6 milhão em 2017, mais que o dobro dos 591 mil de 2016.

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