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Crise da Oi: Serede demite 4.759 funcionários. Trabalhadores alertam para colapso nos serviços essenciais da Oi

As federações nacionais de trabalhadores em telecomunicações (FITRATELP, FENATTEL e FITTLIVRE) dizem que companhia mandar os trabalhadores para a justiça é atitude inconsequente e irresponsável.

A Serede, subsidiária da Oi para serviços de manutenção, comunicou a demissão em massa e a rescisão de todos os contratos de trabalho nesta segunda-feira, 22/12. A companhia também exigiu a devolução imediata de ferramentas e veículos. O comunicado, assinado pela gestora judicial, Tatiana Binato, também informa que os trabalhadores poderão retirar o FGTS, independente da homologação da demissão no sindicato ou sentença da Justiça do Trabalho.

A decisão causou uma reação imediata das federações nacionais de trabalhadores em telecomunicações (FITRATELP, FENATTEL e FITTLIVRE). As entidades sustentam que a demissão em massa é uma “uma afronta aos direitos sociais e demonstra uma visão estritamente burocrática que ignora o drama de quase 5 mil famílias e a estabilidade do setor de telecomunicações no Brasil.”

Segundo ainda as federações dos trabalhadores, “ao declarar a rescisão automática de todos os contratos e exigir a devolução imediata de ferramentas e veículos, a administração judicial ignora a complexidade da operação e o fato de que parte essencial do efetivo ainda atende a serviços críticos, como a Oi Soluções.”

O presidente da FITRATELP, João de Moura Neto, classificou a postura da Massa Falida como um erro estratégico. “A decisão não mediu as consequências do que representa demitir 100% do efetivo para a continuidade da própria falência. Sem trabalhadores para desmobilizar o patrimônio de forma organizada ou para manter as operações ativas que geram receita, como a Oi Soluções, a administradora está acelerando a destruição de valor da empresa e causando prejuízos irreparáveis aos trabalhadores”, afirmou.

Segundo ainda as Federações de trabalhadores, o comunicado da Serede – às vésperas do Natal – gerou um clima de pânico e intranquilidade nas bases em todo o país. Além do impacto humano, as federações alertam que “a interrupção abrupta das atividades coloca em risco a manutenção da infraestrutura de telecomunicações do Grupo Oi, o que pode afetar serviços públicos e privados essenciais.”

Para as federações, a orientação para que os trabalhadores habilitem seus créditos na justiça falimentar é “empurrar o trabalhador para o fim de uma fila infinita”. Os sindicatos também reagem à postura da Oi. “Enquanto a tomadora de serviços, a Oi S.A., permanece assistindo ao colapso sem assumir sua responsabilidade subsidiária imediata.”


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