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Dataprev encerra atuação em 20 Estados e quer demissão de 15% dos empregados

A Dataprev – que está na lista de privatizações do Ministério da Economia em 2020 – anunciou nesta quarta-feira, 08/01, o encerramento das atividades em 20 estados – Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins – até o fim de fevereiro.

A decisão impôs a adoção do Programa de Adequação de Quadro (PAQ) da empresa, que trata de um conjunto de incentivos ao desligamento dos empregados lotados nestas unidades. Objetivo da estatal é desligar até 493 dos 3360 empregados das unidades, ou 15% da mão de obra contratada.

Em comunicado ao mercado, a Dataprev informa que está centralizando suas atividades em sete (7) regiões consideradas estratégicas (Ceará, Distrito Federal, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo), onde possui data centers e Unidades de Desenvolvimento. A estatal justifica o fechamento das unidades nos 20 estados pela ‘ a queda expressiva de produtividade, devido à baixa demanda local, e passaram a funcionar apenas como núcleos administrativos, fora do escopo para o qual foram originalmente criadas’.

A estatal também diz que perdeu eficiência, ‘comprovada pelo forte desequilíbrio entre a geração de receitas, que cresceu 13% no acumulado dos últimos 3 anos, e os gastos, que avançaram 21%, num contexto de inflação (IPCA) de 10,7% no mesmo período’.

Justifica ainda o PAQ como ‘uma ação, dentre diversas outras, focadas no ganho de eficiência e competitividade, que visam o enfrentamento dos desafios colocados pela atual conjuntura econômica, pelo quadro de restrição orçamentária dos principais clientes e pela necessidade de reposicionamento frente ao mercado.’


Com as ações, a Dataprev projeta uma economia anual de R$ 93 milhões (englobando folha de pagamentos e gastos operacionais) com o fechamento dessas unidades. O Payback previsto é de 7,6 meses. Com o programa de Adequação de Quatro, a estatal planeja a saída de 493 empregados, ou 15% do total envolvido nos fechamentos das unidades, estimados pela estatal em 3.360 funcionários.

     

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