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Demissões, auxílio emergencial e venda de dados sustentam lucro recorde da Dataprev

A Dataprev teve lucro recorde de R$ 265,1 milhões em 2020. Segundo o relatório da administração divulgado nesta terça. 6/4, a estatal justifica o desempenho especialmente pela redução de custos com pessoal e estrutura, frutos do fechamento de 20 unidades regionais e a demissão de mais 240 funcionários – depois dos 217 em 2019. 

“Com essas reduções no quadro de funcionários da empresa, a redução total no exercício de 2020 foi de R$ 61,1 milhões”, informa a Dataprev, que lista “o teletrabalho combinado (…) com a redução do quadro de empregados e do número de instalações em território nacional” como preponderantes. “Esse lucro resultou de reduções nas contas de pessoal próprio, despesas gerais e manutenção do imobilizado e infraestrutura, com reduções respectivamente de 8,3%, 32,7 e 4,7%”, diz o relatório. 

No plano geral, as receitas (R$ 1,65 bilhão) tiveram “discreto avanço de 1,3%, com destaque para o crescimento das receitas com as Instituições Financeiras em 12,5% e redução da receita com o INSS em 12,6%”. Segundo a Dataprev, o fluxo positivo veio principalmente de novas receitas ocasionadas pelos “serviços de reconhecimento de direitos e dos processamento dos auxílios e benefícios oriundos da pandemia”. 

Assim, a empresa fechou o ano de 2020 com 29 novos contratos, “o que resultou em uma ampliação de volume de R$ 84 milhões, com a inclusão de novos clientes, como a Secretaria de Governo Digital (SGD/ME) e Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (DNIT), entre outros clientes”. O relatório aponta para os contratos firmados com os ministérios da Cidadania e da Economia para operacionalização do programa de Auxílio Emergencial e revela que o total faturado em função desses acordos montou R$ 50,93 milhões. 

Assim como fez o Serpro quando divulgou os dados de 2020, a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência destacou a relevância crescente da monetização dos dados custodiados. “É importante mencionar a contribuição cada vez maior de receitas do setor privado na composição do faturamento da Dataprev, de acordo com a readequação do custeio em conceito integrado com produtos que compartilham estruturas produtivas entre o INSS e as instituições financeiras, o que mostra claramente como elas apoiam a rentabilização do cenário de negócios na Dataprev.”


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