Empresas de TI e Telecom rejeitam reforma do PIS/Cofins
A Reforma do PIS/Cofins, uma das propostas do Governo apresentadas como medida para evitar um déficit em 2017, é rejeitada por empresários de praticamente todos os setores, entre eles, o setor de Tecnologia da Informação e o de Telecomunicações. O principal argumento é que tal reforma traria efeitos negativos para as empresas que dependem de muita mão de obra e que, devido ao alto desemprego no País, a proposta é um contrassenso.
O aumento desse imposto prejudicaria, potencialmente, 97% das empresas que fazem parte do Lucro Presumido e Simples Nacional: Entre elas estão os setores de Tecnologia da Informação, Telecomunicações, Saúde, Transporte Aéreo, Comércio, Hotelaria e Educação. Muitas empresas sofreriam uma elevação abrupta e insuportável da carga tributária, com consequências desastrosas. Tudo isso em um contexto em que as empresas estão muito fragilizadas pela fortíssima crise econômica da qual busca sair.
Estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) estima que, caso aprovada, a Reforma do PIS/Cofins implicaria na eliminação de cerca de dois milhões de postos de trabalho. No setor de call center, as demissões, revelou a Associação Brasileira de Telesserviços (ABT), podem chegar a 1 milhão. No segmento de Telecom, as empresas calculam um prejuízo superior a R$ 2 bilhões por ano. Já o segmento de tecnologia da informação prevê o desaparecimento de um em cada cinco postos de trabalho.
Segundo as entidades setoriais – mais de 40 se reúniram numa mobilização nacional – a mudança prejudicaria os esforços de combate à inflação no Brasil. A saúde ficaria mais cara, bem como a educação, as passagens, a internet, a vigilância, e mais um grande conjunto de serviços consumidos pela população e utilizados pelas empresas.
Além disso, a reforma impactaria negativamente na gestão de Estados e Municípios que teriam seus custos elevados, pagaria mais por obras e serviços, incluindo saúde e educação. De acordo ainda com os empresários, a medida causaria uma burocratização maior para apuração desses impostos, que elevaria significativamente a carga tributária sobre setores e empresas que recolhem pelo regime “cumulativo”, pagando uma alíquota fixa de 3,65%.
*Com informações do TI Rio