Estados e municípios vão ficar com US$ 1 bilhão do BID para digitalização
Costurada para viabilizar projetos regionais e locais de digitalização de serviços públicos, a linha de crédito aberta pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento ao Brasil, no valor de US$ 1 bilhão, é focada na transformação digital de estados e municípios. Para a Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia, em resultados esse valor vai se multiplicar por 20.
“Transformação digital é cara para implementar, mas é barata se vista pelo resultado. No contexto do governo federal, e esse número pode ser até maior em um município mais carente, cada real investido retorna 18 reais em resultados. Se a gente arredondar o valor para R$ 5 bilhões, pode gerar R$ 100 bilhões para a economia brasileira em termos de resultado, que é aquilo que o cidadão vai perceber”, aposta o secretário Luis Felipe Monteiro.
Ele explica que os empréstimos serão concedidos diretamente aos entes subnacionais, mas haverá uma análise de compatibilidade com a estratégia federal de transformação digital. E para garantir que mesmo municípios pequenos tenham acesso aos recursos, será possível que cidades se juntem em consórcios.
“Há a oportunidade de construção de consórcios entre os municípios. Como para o BID é cara a logística do empréstimo, tem um limite em torno de US$ 30 milhões. É muito para um município pequeno, que vai precisar de um empréstimo menor. Mas os municípios podem se agrupar em consórcio e assinar o contrato. O que é bom não apenas para acesso ao recurso, mas para compartilhar práticas e escalar aquela solução tecnológica.”
Segundo o secretário de Governo Digital, a criação dessa linha de crédito atende a necessidade de fomentar a digitalização em níveis locais e regionais, visto que prefeituras e mesmo governos estaduais não dispõem dos mesmos meios da administração federal. Assistam a entrevista do secretário de governo digital do ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro sobre o uso dos recursos do BID.