Facebook: risco de interferência em 6 GHz não afeta a oferta do serviço
A coexistência de serviços na faixa de 6 GHz é possível e as interferências encontradas não apresentam risco à qualidade do que é entregue ao cliente. A afirmação é de Alan Norman, diretor de Política Regulatória do Facebook, ao discorrer sobre o melhor uso do espectro, durante sua apresentação no evento Wi-Fi 6E Brasil, organizado pelo Wi-Fi NOW, com a colaboração do portal Convergência Digital, nesta quarta-feira, 3/3.
Ele lembrou que, na Europa, a faixa de 5.925 a 6.425 megahertz foi disponibilizada para baixíssima baixa potência em ambientes internos. Nos Estados Unidos, toda a banda 6 GHz foi disponibilizada para baixa potência interna e partes da banda para potência padrão, com o uso da potência muito baixa ainda em estudos. No Brasil, toda a banda de 6 GHz foi alocada para baixa potência e muito baixa potência interna.
Nos Estados Unidos, acrescentou Norman, há incumbentes usando a faixa de 6 GHz, o que obriga a coexistência dos serviços. Observando as conclusões de alguns estudos, como o da RKF, o executivo do Facebook sinalizou que a interferência, se acontecer, não apresenta riscos significativos aos serviços primários.
“Quase todos, 99,8%, dos receptores de serviço fixo (FS) na área continental dos EUA tiveram níveis de interferências de -6 dB I/N em operações RLAN e nenhuma interferência maior que -6 dB causou queda de link”, exemplificou. “A máxima interferência RLAN em receptores de serviço fixo de satélite (FSS) foi menor que -21,9 dB I/N”, referendou.
Alan Norman comentou ainda sobre resultados de estudos em países da Europa, os quais também sinalizam o baixo risco de interferência. “Novamente, a conclusão foi que a única maneira pela qual a interferência pode ser realmente encontrada seria se você colocasse WAS/RLAN em locais externos muito improváveis”, completou.