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Falência da Oi: Trabalhadores alegam soberania nacional e pedem intervenção do governo

Federações sindicais argumentam que as operadoras concorrentes não vão assumir contratos deficitários da Oi em cidades não lucrativas.

As federações sindicais FITRATELP, FITTLIVRE E FENATTEL insistiram junto ao ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, que a não liquidação da Oi é uma questão de soberania nacional em telecomunicações. Os trabalhadores pediram ao governo que priorize a recuperação da Oi e não o seu fim.

De acordo com os trabalhadores, que tiveram audiência com o ministro nesta terça-feira, 18/11, a Oi é uma infraestrutura crítica para o Brasil, assegurando conectividade e telefonia fixa em milhares de municípios remotos. A rede da empresa, advertem, é vital para o funcionamento de escolas, hospitais, órgãos de segurança pública e, crucialmente, para toda a rede de agências lotéricas do país.

“A operação das lotéricas, essencial para o pagamento de benefícios como o Bolsa Família e para o acesso a serviços bancários pela população de baixa renda, depende da estabilidade dos serviços da Oi. Na ausência da empresa, essas regiões vulneráveis ficariam desassistidas”, explicaram os dirigentes ao ministro das Comunicações.

Os trabalhadores também revelaram preocupação com os cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos em jogo, incluindo funcionários da matriz, subsidiárias, prestadores de serviço e aposentados com vínculos jurídicos com a empresa. Mencionaram ainda a dívida histórica da Oi com seu fundo de pensão.

Os sindicatos apelam ao governo para não permitir “a destruição de uma empresa com a expertise e capilaridade da Oi, que comprovou sua capacidade de integrar o país. Eles alertam que, no modelo atual, as concorrentes dificilmente assumiriam os contratos deficitários que atendem regiões menos lucrativas, priorizando o lucro em detrimento do serviço público”.


E insistiram: “a ênfase deve ser focada na recuperação da Oi e não na liquidação da empresa. É uma questão de soberania nacional em telecomunicações”. Segundo ainda os trabalhadores, há uma articulação pra conseguir apoio da ANATEL e nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Também foram agendadas Audiências Públicas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal para ampliar o debate no Congresso Nacional.

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