Félix, Claro: Brasil tem de mudar para não ficar para trás

Ao participar de painel no Futurecom 2018, nesta quarta-feira, 17/10,  sobre o momento de transformação das operadoras de telecomunicações, José Félix, presidente da Claro Brasil, que reúne Claro, Embratel e NET, observou que a transformação digital é uma realidade e veio para mudar processos e também a relação com os clientes.

No debate, que contou com a presença dos presidentes da Vivo, Eduardo Navarro, da Oi, Eurico Teles, e da TIM Brasil, Sami Foguel, as operadoras enfatizaram que vontade de fazer não falta, mas é preciso entender que o negócio exige retorno do investimento.

O painel teve momentos significativos: no primeiro deles, o presidente da Vivo, Eduardo Navarro, abraçou José Félix, da Claro, devido à posição semelhante em relação ao 5G. Para os dois executivos, não há a necessidade de uma corrida entre as empresas para ser a primeira. “Até porque o 5G não será uma chave e será implantado aos poucos, dentro da realidade de retorno financeiro”, comentou Navarro.

Em seguida, o presidente da Oi, Eurico Teles, aproveitou para abraçar o presidente da TIM Brasil, Sami Foguel, para marcar a boa convivência entre as duas operadoras. “A competição é saudável para o mercado, mas temos celebrado diversos acordos entre nós”, frisou Teles.

Em entrevista pós-debate, José Félix, da Claro, disse que se hoje há dificuldade para implantar antenas para o 4G, para o 5G essa dificuldade será ainda maior. Com relação ao leilão que será promovido pela Anatel, no segundo semestre de 2019, para a faixa de 3,5 GHz, como prevê cronograma da agência reguladora, Félix foi taxativo: “O leilão não pode ter caráter arrecadatório”.


Indagado sobre o que pedir ao novo governo brasileiro a partir do ano que vem, Félix disse que é preciso que ele olhe com mais carinho para a desregulamentação do setor de telecomunicações e sugeriu: o País precisa enxergar o setor para dar um salto de produtividade. “Nós somos os últimos em tudo, só somos os primeiros nas coisas ruins. Se seguirmos com esse pensamento de visão de longo, longo prazo, vamos ficar 200 anos para chegar ao nível de desenvolvimento de um país de Primeiro Mundo.” Assistam à entrevista com José Félix, da Claro.

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