
O petróleo do século 21 não é o dado, mas a criatividade. A frase é de Gil Giardelli e foi dita em sua palestra no 52° Seminário Nacional de TIC para a Gestão Pública, fazendo referência que, na era da inteligência artificial, características que são inerentes aos seres humanos serão decisivas. Giardelli é professor, escritor, palestrante, conselheiro, roboticista e especialista em IA.
“A economia da inteligência artificial vai ter, nos próximos dez anos, um impacto muito grande de reconfiguração econômica e política. O que estamos vendo hoje é uma nova revolução industrial, agora feita de chips e de muita inteligência. Também estamos no limiar do que seria a grande fronteira da supremacia quântica; se a IA já deixou bagunçado, a computação quântica vai mudar absolutamente tudo”, destacou.
A descoberta das tecnologias quânticas completa cem anos em 2025. Ainda que aplicações práticas estejam em estudo, quando ela virar realidade, o impacto será enorme. “Primeiro que todo o nosso conceito de cibersegurança vai ser colocado de ponta-cabeça, mas, mais do que isso, nós iremos ampliar fronteiras de conhecimento que pareciam impossíveis com os modelos atuais de computadores”, enfatizou Giardelli.
Mas o que muda para as empresas, como se preparar? Para Giardelli, na era da do conhecimento global, é fundamental separar todos os dias um tempo para estudar. “Estudar não apenas para diplomas, para aprender algo que não vai ser aplicado no dia seguinte, mas terá impacto a médio a longo prazos. Mas a maioria de nós está sendo engolida pelo operacional.”