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Governo descarta avanço do Serpro sobre mercado privado

Preocupada com as indicações de que o Serpro teria intenção avançar na oferta de serviços de TI e conquistar clientes que hoje são atendidos por empresas privadas, a Assespro Nacional foi ao Ministério da Economia buscar esclarecimentos e ouviu que, ao contrário das declarações recentes, não há intenção de ampliar a participação da estatal antes de uma eventual privatização. 

Representantes da entidade reclamaram de afirmações recentes do presidente da estatal, Caio Paes de Andrade, de que só em 2019 o Serpro já conquistou cerca de 800 clientes que estavam com o setor privado, chegando a 1,3 mil, com meta de ampliar esse número para 4 mil até o fim de 2020, conforme afirmou o executivo em entrevista à agência Reuters. 

Além de uma nota oficial em que a Assespro diz que “o plano de negócios do Serpro ameaça tirar mercado das empresas brasileiras”, os representantes da entidade, que representa 2 mil empresas de TI, se reuniram na terça, 8/10, com o secretário de Desestatização da pasta, José Salim Mattar. 

“Na reunião, Mattar garantiu que, ao contrário do que disse o presidente do Serpro, Caio Paes de Andrade, eles não vão aumentar a participação no mercado privado antes de estatizar a empresa”, relata o presidente da Assespro Nacional, Italo Nogueira. 

Segundo ele, “não é razoável que um governo que prega o liberalismo aceite uma intervenção de um órgão estatal no nosso mercado. Quem quiser empreender e gerar empregos no setor de TIC será muito bem-vindo, mas com nossos recursos de impostos, nossos dados, querer concorrer com nossas empresas é inaceitável”.


* Com informações da Assespro

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