Governo

Governo descarta catálogo aberto em edital e fortalece nuvem privada estatal

Edital da nuvem 3.0 está previsto para sair entre junho e julho, antecipa o secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas.

O Ministério da Gestão quer lançar o edital da nuvem 3.0 do governo federal entre junho e julho deste ano, para concluir a nova contratação ainda em 2024. Segundo o secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas, essa nova versão da nuvem federal terá caráter complementar, seguindo a orientação de privilegiar estruturas próprias no Serpro, Dataprev e demais órgãos públicos. 

“Importante ressaltar que esse processo considera um conceito novo, da Portaria 5.950, e ele tem uma função complementar, que é a chamada nuvem de governo, que é o que a gente está priorizando. A nuvem de governo traz um conceito de uma nuvem privada de governo. Dizer onde os grandes players desse mercado, na verdade, instalam dentro de uma organização pública, num conceito de nuvem soberana que a gente está colocando”, revela Mascarenhas. 

Como explicou em entrevista à Convergência Digital, durante o Tech Gov Forum Rio de Janeiro, realizado pela Network Eventos, a nuvem de governo usa as grandes estatais de TI, mas também as estruturas dos diferentes órgãos federais que as possuem. 

“Não é só Serpro, mas também Dataprev ou qualquer outra empresa pública ou próprio órgão. A grande preocupação nossa é endereçar a questão de dados. As funcionalidades que são trazidas pelo players que operam nesse mercado são extremamente relevantes. A inteligência artificial, entre outras questões, acho que é o mais importante de todas aí, mas a gente tem uma preocupação com os dados. A portaria 5.950 traz uma preocupação. O órgão faz uma análise de risco e, a partir daí, classifica que tipo de informação pode ir para uma nuvem pública ou para a nuvem do governo”, diz o secretário de Governo Digital. 

Mascarenhas também adianta que o novo edital não terá catálogo aberto, como pleitearam grandes fornecedores de nuvem, especialmente depois que essa possibilidade foi adotada pelo Tribunal de Contas da União e da Controladoria Geral da União. Segundo o secretário, a nuvem 3.0 poderá incluir novos serviços por meio de aditivos contratuais. 


“Quando você analisa a contratação da nuvem 1.0 e da 2.0, o grande problema enfrentado pelos órgãos, e a gente fez um diagnóstico no ano passado para provar isso, não foi o problema de ter mais funcionalidade, mas de maturidade dos órgãos para a adoção desses processos, com cargas, workloads que não eram compatíveis ou que consumiam demais. Então, a gente está focando muito mais em tentar robustecer esse conhecimento dos órgãos e lançá-los a uma nuvem 3.0 dentro de um sistema que eles têm condições de obter as funcionalidades”, afirma Mascarenhas.

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