Governo do Paraná deixa Microsoft pelo Google em contrato de R$ 145 milhões
A Celepar, empresa estatal de TI paranaense, será a revendedora do Google que vai ter suas ferramentas em 26 secretarias e órgãos do Estado. Contrato tem vigência de três anos e envolve quase 100 mil licenças de software.

A Secretaria de Estado da Administração e Previdência (Seap) firmou nesta segunda-feira, 3/11, um contrato com a Celepar, no valor de R$ 145.382.770,80, para utilização de ferramentas do Google em 26 secretarias e órgãos do Estado. Com vigência de três anos, o acordo prevê a ativação imediata de 90.618 contas, com previsão de 99.680 licenças, em substituição a programas da Microsoft utilizados na administração estadual. A informação é do jornal Plural, de Curitiba.
É a primeira grande contratação desde que a Celepar, a estatal paranaense de tecnologia da informação, assinou um contrato, em junho, para atuar como revendedora do Google. O gigante da tecnologia pode vender o pacote Google Worskpace para o governo e prefeituras sem passar por licitação, já que a Celepar é dispensada do processo por ser uma empresa pública.
Como a intenção do governador Ratinho Júnior (PSD) é privatizar a Celepar, o pacote (que inclui e-mail, agenda, videoconferência, chat, drive, documentos, planilhas e inteligência artificial) poderá ter seus preços reajustados nos próximos anos. O acordo de parceria entre Google e Celepar prevê que a multinacional “poderá alterar os preços da Tabela de Preços periodicamente”.
É mais uma mudança de tecnologia no Paraná. O estado, entre 2003 e 2010, foi o maior defensor do uso do software livre, na gestão Roberto Requião. Com a entrada de Beto Richa no comando, em 2010, a situação mudou e, em 2013, a Microsoft se tornou fornecedora oficial com a contratação do Microsoft 365.
Em 2020, já no governo de Ratinho Júnior, a Assembleia Legislativa do Paraná revogou a Lei do Software Livre e outras duas legislações sobre o tema, para dar “condições de escolha ao ente público”. E, agora, a Microsoft é trocada pelo Google, pelo menos nos próximos três anos.





