Governo indica diretrizes e diz que terá plano de ações para IoT em seis meses
O governo anunciou nesta segunda, 27/2, em Barcelona, durante o Mobile World Congress, o que entende como as diretrizes para um plano nacional para a internet das coisas. Essa estratégia em si deve ser apresentada em setembro, fruto das discussões de um GT sobre o tema que une setores público e privado, além do trabalho de uma consultoria contratada pelo BNDES.
Com base nessas diretrizes, a ideia é que o plano de IoT necessariamente aborde o impacto na sociedade, ambiente regulatório (tanto via Anatel como instrumentos de desoneração fiscal), infraestrutura e conectividade, inovação e ecossistemas, talentos (capacitação), investimento e financiamento, e internacionalização.
No Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, a leitura é de que a internet das coisas ainda não tem lideranças globais claras e que o Brasil pode fazer parte desse grupo. “A tecnologia, o hardware, isso já existe. Já existem casas automatizadas. Mas a aplicação e o tratamento das informações geradas para otimizar o funcionamento do sistema pode ser por onde o Brasil vai se tornar muito competitivo nas aplicações”, diz o diretor de C&T da pasta, José Gontijo.
Pelo cronograma previsto, até setembro haverá uma versão final do documento completo do plano de IoT, com a indicação de ações concretas, as verticais escolhidas, e ações de curto, médio e longo prazo. Antes disso, entre abril e junho a consultoria escolhida pelo BNDES e o GT de IoT, que reúne governo e empresas, vai trabalhar investigação e seleção das verticais. Segundo o MCTIC, ao longo do caminho os pontos serão objeto de consultas públicas permanentes.
Também durante o evento em Barcelona foram assinados dois acordos. Um para a participação do Brasil em debates globais sobre 5G promovidos por EUA, China, Europa, Japão e Coreia do Sul e outro entre a brasileira Telebrasil e a europeia 5G Infraestructure Association, ou 5G-PPP, que reúne operadoras e centros de pesquisas.